Com a professora Helena Oliveira vieram as palavras da obra "A Noite". Registamos algumas dessas palavras escritas e sentidas por Elie Wiesel:
“Nunca mais esquecerei esta noite que fez da minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada."
" Nunca mais esquecerei estes momentos que assassinaram o meu Deus e a minha alma, e osa meus sonhos, que tomaram a aparência de um deserto."
"...sinto-me terrivelmente só no mundo: sem Deus, sem homem, sem amor, nem piedade."
"Nada mais sou do que cinzas"
"Sou um observador estrangeiro"
"Tenho raiva e não ódio. Sinto raiva quando assisto a injustiças e nada posso fazer. Uso as palavras para gritar essa raiva."
A aluna Tânia Martins falou-nos sobre a obra "A Menina que não Queria Falar." de Torey Hayden.E leu-nos estas palavras:
“Uma parte da raiva dissipara-se e dera lugar a uma emoção menos clara. Depois, sem que eu insistisse, levantou-se e saiu comigo, tendo o cuidado de não me tocar.”
“Sheila recusava que lhe tocassem, que a ajudassem, que a amassem.”
“-Nunca te vejo chorar, Sheila. Nunca sentes vontade? – perguntei.
-Nunca chorar.
-Por que não?
-Ninguém pode magoar-me dessas maneiras.
(…) Às vezes, choro um pouco; fica molhado aqui nos meus olhos. Mas faço ir embora. Chorar não fazer bem (…) Fazer-me ter saudades (…)” Todos os que estiveram no Auditório puderam falar dos livros e de Direitos Humanos. Um bom momento de diálogo e de partilha de preocupações.
Com os Direitos Humanos se relaciona ainda este poema:
Pranto pelo dia de hoje
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que nem podem sequer ser bem descritas.
Sophia de Mello Breyner Andresen (Livro Sexto, 1962)
Podes ler a obra de Sophia na nossa Biblioteca
jnm
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