Durante a semana da leitura, a Biblioteca entregou prémios aos alunos que se destacaram em diversas actividades realizadas como é o caso da actividade Esmiuçar a Biblioteca (destinada aos alunos do 7.º e do 10.º ano) e do concurso Faça lá um Poema.
Neste caso, já apresentámos o primeiro classificado mas ainda não déramos a ler os poemas que ficaram em segundo e terceiro lugar. Agora aqui:
LIMITE, de Jonathan Mané:
Limite, que quer esta palavra dizer?
Limite, que quer esta palavra dizer?
Um homem que não sabe onde está o seu limite
Nunca apreciará o real valor da palavra viver!
O limite…Ai! É como uma praça sem saída,
Uma rua sem fim.
É com este pensar que se chega longe
Arriscando tudo com alma destemida.
Limite mera palavra abstracta, não palpável?
Desejado por muitos como se de ouro se tratasse?
Procurando a glória, muitos optam pela caneta e o papel,
Outros esticam a corda até mesmo o cordel!
Ai o limite! Seria o meu caminho caso inventasse
Palavras que não escrevo, e o meu pensamento voasse!
O limite impõe ordem, regras, formas.
O limite faz com que procuremos caminhos diferentes.
Limite… que é isso? Um dia hei-de saber
E saberei o verdadeiro significado da palavra viver!
ILHA de Limácia Lima:
Lembro-me da ilha verdejante onde nasci.
Dos momentos inesquecíveis que lá intensamente vivi.
Lembro-me das noites quando olhava o céu
Na praia deitada. Na areia contava as estrelas
Que brilhavam como eu, num rendilhado véu.
Uma delas parecia dizer-me que era infeliz,
Outra mostrava-me um sorriso de quem era muito feliz.
Naquela noite,
Desejei desvendar o segredo daquela estrela
Que me mostrou ter o coração na palma da mão.
Impotente para lhe lançar ajuda,
Desviei o meu olhar raso de água para o negro chão.
Hoje, longe da minha ilha encantada
Continuo a olhar o céu…
Só não vejo as tais estrelas que amava,
Porque hoje o meu dilacerado coração
Sente que já nada tem de ilhéu!