2011-10-30

Dia da Biblioteca Escolar



International Association of School Librarianship – IASL-  proclamou o mês de outubro como sendo das Bibliotecas Escolares.  Bibliotecas do mundo inteiro uniram-se, este ano, à volta do tema: Biblioteca Escolar. Saber. Poder para a Vida.
Vinte e quatro foi o dia que a Rede de Bibliotecas Escolares elegeu para que de norte a sul se festejassem as bibliotecas. Assim, construímos momentos, a nível de escola, em que professores e alunos (re)afirmaram o valor da biblioteca escolar: partilhámos livros e leituras em todas as turmas do ensino diurno e noturno; os alunos do  7.º ano vieram à biblioteca para escolherem livros para ler; criaram-se artísticos marcadores de livros; alunos olharam a biblioteca através da objetiva – exposição fotográfica; escreveram-se frases  e poemas … 

Vou à Biblioteca ler

Aquele livro vou ler
Aquele livro vou contar
Mais sabedoria vou ter
E ao meu amigo vou ensinar.
Ler um bom livro para todo o mundo ouvir
Ler um bom livro para refletir,
Ler um bom livro e partilhar
Ler um bom livro e sorrisos espalhar.
E quando este acabar,
Mais à Biblioteca vou requisitar.
Viajar pela leitura,
Pensar nesta nova aventura,
Viajar sem direção,
Com este livro na mão.
Que boa é a leitura
É algo que dura
Na amargura e na loucura
E que por vezes se torna na cura.
A Biblioteca é inesgotável,
E cada livro inacreditável.
Ler um livro é como saborear
Um chocolate devagar,
É uma fonte de energia
Que nos dá muita alegria.
Ler é a arte do saber
Ler é aprender.


Sara Serrano Sobral , nº 21, 11.º B

2011-10-20

Ruy Belo colóquio


Há nos silvos que as manhãs me trazem
chaminés que se desmoronam:
são a infância e a praia os sonhos de partida


Celebrando o cinquentenário da publicação de Aquele Grande Rio Eufrates (1961), a Fundação Gulbenkian organiza, nos dias 3 e 4 de novembro, «um colóquio destinado a homenagear a obra de um dos poetas centrais da segunda metade do século XX. Aberto a estudiosos da obra de Ruy Belo, mas também a especialistas da poesia portuguesa do século XX e da teoria e crítica literárias, este encontro pretende pôr em relevo os múltiplos problemas que a sua poesia coloca, os universos de referência e o seu lugar no panorama da poesia contemporânea.» Mais informação aqui.
Para ouuvir um poema de Ruy Belo neste blogue basta clicar

evocação neorealista

A Associação Portuguesa de Escritores vai realizar no próximo dia 24 de Outubro, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa (na Sala Jardim de Inverno), às 18h30, a sessão evocativa – Encontros Alves Redol, Manuel da Fonseca e Carlos de Oliveira. Alves Redol (100 anos do nascimento), com João Tordo; Manuel da Fonseca (100 anos do nascimento), com Afonso Cruz; Carlos de Oliveira (30 anos do falecimento), com Gonçalo M. Tavares. haverá ainda uma leitura de fragmentos das obras dos autores evocados por Carmen Santos (participação especial) e José Manuel Mendes.(notícia retirada daqui).

2011-10-17

Pela Erradicação da Pobreza e Pelo Cumprimento dos Objetivos do Milénio

Esta é a semana que lembra os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) – iniciativa promovida pela ONU que procura pressionar os governos do Mundo a desenvolverem políticas que, até 2015, consigam: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Estes 8 objetivos vão ser lembrados na escola com a realização de diferentes iniciativas, entre as quais sessões de debate sobre esta temática.
No mundo dia internacional da erradicação da pobreza, 17 de Outubro, por todo o mundo se fazem ouvir diversas vozes pelo fim deste flagelo. Este ano, The F Word: Famine is the Real Obscenity é o apelo internacional:

2011-10-13

Manuel da Fonseca



Uma vez mais, uma referência a Manuel da Fonseca (aqui, dito por Mário Viegas)e ao seu centenário. E lembrar que, em 1987, o poeta esteve na nossa escola e deixou-nos um livro autografado (Crónicas Algarvias) que exibimos na pequena exposição das obras do autor presentes no fundo da biblioteca.

2011-10-12

"Gaivotas em Terra" na opinião de César Dias


Agradecemos ao César Dias, aluno do 10.º, a opinião que exprimiu, junto da biblioteca, sobre o livro  que acabou de ler, de David Mourão-Ferreira, e que apresentou à sua turma :

“Gaivotas em Terra” um belo livro de estreia na ficção de David Mourão-Ferreira, composto por Quatro Contos que abarcam a peculiaridade dos sentimentos, amores e sabores de Lisboa.
Este livro é sem dúvida um dos melhores e mais impressionantes documentos do dia-a-dia do nosso tempo, da queda vertical do amor absoluto e até do seu ideal, da destruturação familiar, da insegurança duvidosa do homem e da mulher quanto á sua posição.
Desde os dramas suspensos e velados, de interiores agonias e frustrações, reflectindo ao mesmo tempo para a Ironia trágica e contentação.

                                                                      César Dias

2011-10-08

El Rei D. Dinis e a Rainha Santa Isabel visitam Caneças

Pelas 21 horas da passada sexta-feira, dia 7 de outubro, na Biblioteca da Escola Secundária de Caneças, alunos e professores dos cursos noturnos comemoraram os 750 anos do nascimento de D. Dinis com a representação de uma pequena peça teatral evocativa da vida e obra do cognominado “Rei Lavrador”.

Os ecos da História de Portugal soaram através das “palavras” de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel, onde não faltaram o milagre das rosas, a poesia trovadoresca e a música galaico-portuguesa.

Mais uma vez, a Oficina de Teatro das professoras Lisete Fortunato e Natália Comenda e o empenho e dedicação dos formandos dos cursos EFA não desiludiram e animaram a nossa escola.

 Prof.ª Luísa Reis

2011-10-07

Prémio Nobel da Literatura



O Prémio Nobel da Literatura 2011 foi atribuído, este ano, ao poeta e tradutor sueco Tomas Tranströmer.  Segundo a euronews,  a  Academia sueca anunciou que Tranströmer mereceu o galardão “porque, através das suas imagens condensadas e translúcidas, dá-nos um acesso fresco à realidade”.
Nascido em Estocolmo a 15 de Abril de 1931 foi autor de cerca de 20 livros e traduzido em todo o mundo (em 30 línguas). Publicou aos 23 anos a sua primeira obra “17 dikter” (217 poemas). Em Portugal, Tomas Tranströmer encontra-se presente na coletânea “21 poetas suecos, publicado em 1981  pela editora Veja. É dessa coletânea, a que tivemos acesso através do professor Luís André, que retirámos este poema:
Lisboa
No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes.
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões.
Acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
“Mas aqui”, disse o condutor e riu à sucapa como se cortado ao meio,
“aqui estão políticos”. Vi a fachada, a fachada, a fachada
E lá no cimo um homem à janela, tinha um óculo e olhava para o mar.

Roupa branca no azul. Os muros quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa:
“será verdade ou só um sonho meu?”
                               (Tradução de Vasco Graça Moura)
In Coletânea “21 poetas suecos”, editorial Vega, 1981.

Manuel da Fonseca na escola



Dias 10 e 11, em comemoração do centenário de Manuel da Fonseca (que nasceu no dia 15 de outubro), os alunos do 7.ºano vão ler alguns dos seus poemas pelas salas de aula da escola, numa iniciativa da disciplina de Língua Portuguesa.

Também, por aqui, lembramos Manuel da Fonseca, através das suas palavras cantadas por Adriano Correia de Oliveira.

Tejo que levas as águas
(Manuel da Fonseca/Adriano Correia de Oliveira)

Tejo que levas as águas 

correndo de par em par 

lava a cidade de mágoas 

leva as mágoas para o mar 



Lava-a de crimes espantos 

de roubos, fomes, terrores, 

lava a cidade de quantos 

do ódio fingem amores 



Leva nas águas as grades 

de aço e silêncio forjadas 

deixa soltar-se a verdade 

das bocas amordaçadas 



Lava bancos e empresas 

dos comedores de dinheiro 

que dos salários de tristeza 

arrecadam lucro inteiro 



Lava palácios vivendas 

casebres bairros da lata 

leva negócios e rendas 

que a uns farta e a outros mata 



Tejo que levas as águas 

correndo de par em par 

lava a cidade de mágoas 

leva as mágoas para o mar 



Lava avenidas de vícios 

vielas de amores venais 

lava albergues e hospícios 

cadeias e hospitais 



Afoga empenhos favores 

vãs glórias, ocas palmas 

leva o poder dos senhores 

que compram corpos e almas 



Leva nas águas as grades 
... 



Das camas de amor comprado 

desata abraços de lodo 

rostos corpos destroçados 

lava-os com sal e iodo

Tejo que levas as águas 

correndo de par em par 

lava a cidade de mágoas 

leva as mágoas para o mar.