Continuamos a apresentar os livros
do projeto de leitura para o 10.ºano que acabámos de adquirir e que estão
disponíveis na Biblioteca de Escola Secundária de Caneças
Vitorino Nemésio, Vida e obra do infante D. Henrique, Texto, 2010
«Não
se há de entender tanto por biografia pura e
resenha de Feitos pessoais como por narrativa sumária da empresa
histórica Portuguesa desenrolada na contemporaneidade do Infante
e seus tempos mais próximos, e não menos historicamente projetada
na sua figura.
Destinado a evocar a figura do Infante D. Henrique
[...], este livrinho mantém-se nos naturais limites de simples narrativa. De
biografia tem o indispensável para reerguer o herói na memória do comum dos
portugueses nessa celebração. Enfeixando os acontecimentos de que o Infante é
considerado centro e principal propulsor, não pretende ser completo, mas apenas
complexivo, levando o relato aos feitos que integraram a ação henriquina e se
protraem até cerca da morte de D. João II.»
Vitorino Nemésio (adaptado)
In https://www.leyaonline.com/pt/livros/biografias-memorias/vida-e-obra-do-infante-d-henrique/
(consult. Dez.2015)
Lygia Fagundes Telles, Ciranda de pedra, Presença, 2008
Na
magnífica casa de Natércio, que Virgínia visita semanalmente, há num
recanto frondoso do jardim, uma fonte dentro de uma roda formada por
cinco anões de
pedra.
Ela efabula que essas cinco figuras são as suas irmãs,
Bruna e Otávia e os amigos Afonso, Letícia e Conrado. Porém,
Virgínia sente o peso da rejeição junto dessa família
idealizada. Por isso, ao descobrir quem é o seu verdadeiro pai, após a
morte trágica de Laura e Daniel, pede a Natércio que a deixe estudar em regime
de internato. Voltará quase adulta para finalmente descobrir o que se oculta
por detrás do mito familiar que cristalizou na imagem da ciranda dos anões de
pedra. Este é o romance de estreia de Lygia Fagundes Telles (1944), autora
agraciada com o Prémio Camões/2005.»
in http://www.presenca.pt/livro/ficcao-e-literatura/romance-contemporaneo/ciranda-de-pedra/
(consult. Dez.2015)
Cecília Meireles, Antologia Poética, Relógio d' Água, 2002
«A escolha dos poemas para esta antologia, que foi
publicada pela primeira vez após a sua morte, foi feita pela autora,
que no prefácio afirma que havia procurado o essencial de cada um dos
seus catorze livros. Esta edição portuguesa conta ainda com dois
posfácios. Um, do poeta José Bento, um texto publicado na revista O
Tempo e o Modo, pouco depois da morte de Cecília Meireles (e onde diz
dela que “o seu segredo – como o de toda a grande poesia – é tão fundo
como sedutora a voz com que chama quem se debruçar sobre os seus versos”), e um
outro, de João Bénard da Costa, escrito no centenário do nascimento, onde
escreve: Cecília Meireles não foi só um dos maiores poetas brasileiros do
século passado. Foi um dos maiores poetas da língua portuguesa.»
In
http://www.portaldaliteratura.com/livros.php?livro=6727(consult. Dez.2015)
Mathias Énard, Fala-lhes de batalhas, reis e elefantes, Dom Quixote, 2015
«Um encantador romance histórico do autor de Zona,
vencedor dos
prémios Goncourt des lycéens e do Livro em
Poitou-Charentes.
13 de Maio de 1506: ao desembarcar em Constantinopla
a, Miguel
Ângelo sabe que enfrenta o poderio e a cólera de Júlio
II, papa guerreiro
e mau pagador, para quem deixou preparada a edificação
de um túmulo
em Roma. Mas como não havia de responder ao convite do
sultão
Bayazid, que, depois de ter recusado os planos de
Leonardo da Vinci, lhe
propõe a concepção de uma ponte sobre o Corno de Ouro?
Assim
começa este romance, todo ele feito de alusões
históricas, que se serve de um facto concreto para expor os mistérios daquela
viagem. Perturbante como o encontro do homem do Renascimento com as belezas do
mundo otomano, exato e cinzelado como uma peça de ourivesaria, este retrato do
artista em pleno trabalho é também uma fascinante reflexão sobre o ato de criar
e sobre o simbolismo de um gesto inacabado para a outra margem da civilização. É
que, através da crónica dessas poucas semanas da História, Mathias Énard esboça
uma geografia política cujas hesitações ainda hoje, passados cinco séculos, são
igualmente sensíveis.»
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