continuando a publicar trabalhos de alunos:
de José Afonso, 17, 8.º G
Versão poética do conto “A Inaudita Guerra da Avenida Gago
Coutinho”
Cruzaram-se os séculos XII e XX
E uma confusão se gerou.
Clio, a musa História
Adormeceu e a acordar demorou.
O agente da PSP foi um dos primeiros a
observar.
Os automobilistas espantados ficaram,
Com barulhos ensurdecedores
No meio da avenida todos pararam.
Na Avenida Gago Coutinho,
Uma grande balbúrdia ocorreu.
Ibn-el-Muftar perplexo ficou,
Pensando num castigo que Alá lhe deu.
El-Muftar cofiava a sua barbicha,
E ajeitava o belo turbante
Pensava, com ar perspicaz,
Em Alá, o brilhante.
Manuel Reis Tobias, agente da PSP,
Sem saber o que ali se passaria
Contatou o posto de comando,
Para saber se alguém lá iria.
Manuel da Silva Lopes
Lançou a confusão,
Apeou-se do seu irritante camião
E arremessou um calhau ao broquel de
Mamud.
Desta reação,
Os árabes não gostaram
Com uma saraivada de setas
Seu descontentamento anunciaram.
O Comissário Nunes,
Recém-chegado ao local
Ficou em estado de choque,
Pois interpretou tudo mal.
Ibn-el-Muftar
Estava deveras irritado.
Havia um grande pandemónio
Que fez com que o seu “fato” ficasse
estragado.
O nosso árabe valente,
Pensativo ficou
Com os peões de escudo à sua frente,
Em Ibn-Arrik logo pensou.
Os cavaleiros bérberes
Logo os peões enfrentaram.
Danificando os automóveis,
Dos militares se aproximaram.
O Comissário Nunes,
À frente dos pelotões de choque,
Quis acabar com aquela confusão
Pelo que mandou varrer todos com um
bastão.
Entretanto, fugiu para a Cervejaria
Munique,
Onde se escondeu atrás do balcão:
Ou era medricas
Ou estava em grande aflição.
Vieram as tropas do Ralis,
E também a Escola Prática Militar
Com ordens para seguir,
Ali no Lumiar.
As tropas do Ralis,
Ficaram encurraladas com camiões TIR
Grande sorte não tiveram,
Pois não puderam intervir.
Com o Capitão Aurélio,
Os acontecimentos foram diferentes.
De facto teve muita sorte,
À frente da sua Companhia de
Intendentes.
Ele, trazendo instruções para
proceder,
E em conformidade agir,
Apenas pensava nos seus militares
Em trabalhar sem se divertir.
Quando as duas tropas estavam,
Preparadas para se enfrentar
Eis que a deusa Clio acordou,
Tentando logo a situação remediar.
Com borrifos do rio do esquecimento,
Todos tiveram de levar
Para se esquecerem do sucedido,
Foi a solução que Clio conseguiu
arranjar.
Pelo erro cometido,
Clio um castigo levou:
De quatrocentos anos
Privada de ambrósia ficou.
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