Boas leituras com estes fados do tempo de hoje.
FADO DAS AVENIDAS NOVAS
Ao meu amor vou dar provas,
se estamos de quarentena:
nós nas Avenidas Novas
não somos gente pequena!
Sem um cão pra passear,
sem vontade de correr,
onde havemos de mostrar
nossas ganas de viver?
Nem o cozido do Nobre,
nem a sopa do Milú:
comemos ração de pobre
no bairro do "lá vem um".
Não vai ninguém pela rua,
a avenida é deserta.
Ponho a minha mão na tua
e é sempre uma conta certa.
Conta certa com a vida
e o amor não se arrepende.
Põe na minha mão perdida
o amor que tens na mente.
Amor é coisa mental
que no corpo sabe bem.
À janela vejo mal
a rua onde vai ninguém.
Mas tu enches avenidas
com o calor do teu peito
e o fundo das nossas vidas
é o teu olhar perfeito.
Luís Filipe de Castro Mendes
sem vontade de correr,
onde havemos de mostrar
nossas ganas de viver?
Nem o cozido do Nobre,
nem a sopa do Milú:
comemos ração de pobre
no bairro do "lá vem um".
Não vai ninguém pela rua,
a avenida é deserta.
Ponho a minha mão na tua
e é sempre uma conta certa.
Conta certa com a vida
e o amor não se arrepende.
Põe na minha mão perdida
o amor que tens na mente.
Amor é coisa mental
que no corpo sabe bem.
À janela vejo mal
a rua onde vai ninguém.
Mas tu enches avenidas
com o calor do teu peito
e o fundo das nossas vidas
é o teu olhar perfeito.
Luís Filipe de Castro Mendes
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