Novo poema de Luís Castro Mendes:
O AUTOR, DE QUARENTENA, TEM SAUDADES DAS VISTAS DE LISBOA
Memórias da Lisboa que não vejo
senão do quadradinho da janela
que dá para Monsanto e não pró Tejo
e nenhuma visão do mar revela.
Memória de um só largo, de uma rua,
que possa consolar meu coração.
Memória da beleza que foi sua
e se chama Lisboa num pregão.
Que já não há pregões, nem nas cantigas?
Imaginamos nós a terra amada
tão leve nas suaves raparigas
quão firme nas mulheres desejadas?
Memória de Lisboa, tão mulher
que se menos a vemos mais nos quer!
Luís Filipe de Castro Mendes
que possa consolar meu coração.
Memória da beleza que foi sua
e se chama Lisboa num pregão.
Que já não há pregões, nem nas cantigas?
Imaginamos nós a terra amada
tão leve nas suaves raparigas
quão firme nas mulheres desejadas?
Memória de Lisboa, tão mulher
que se menos a vemos mais nos quer!
Luís Filipe de Castro Mendes
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