2011-01-25

Romantismo

*Magdalena*, _repettindo machinalmente e de vagar o que acaba de ler_.

  «N'aquelle ingano d'alma ledo e cego
  Que a fortuna não deixa durar muito...»

Com paz e alegria d'alma... um ingano, um ingano de poucos instantes que
seja... deve de ser a felicidade suprema n'este mundo.--E que importa
que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, póde-se morrer. Mas
eu!... (_pausa_) Oh! que o não saiba elle ao menos, que não suspeite o
estado em que eu vivo... este medo, estes continuos terrores que ainda
me não deixaram gozar um so momento de toda a immensa felicidade que me
dava o seu amor.--Oh que amor, que felicidade... que desgraça a minha!
(_Torna a descahir em profunda meditação: silencio breve_.)
 
Assim começa o Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett(na sua versão 
original),obra que está a ser estudada pelos alunos do 11.º ano. 
Na Biblioteca, mostramos alguns dos livros do nosso fundo que ajudam
a compreender a realidade romântica. Passem por lá.

Sem comentários:

Enviar um comentário