Carlo Rovelli Sete Breves Lições de Física. Carnaxide: Objectiva, 2015, ISBN: 9789898775627
Este
livro inclui não só é uma cronologia da realização dos maiores avanços na área
da física, também é de certa forma a biografia e obra em geral dos maiores
físicos até aos nossos dias, desde a Antiguidade.
Toda
a narrativa revolve sobre uma personagem mais em particular, o alemão Albert
Einstein. A falar dele especificamente começa a primeira lição, em que nos
conta sobre o envio de três artigos para a revista científica da época,
incluindo o que nós chamamos agora de relatividade restrita, que trata de
explicar que o tempo não passa por toda a gente de forma igual.
Depois conta-nos sobre a difícil adaptação
dessa teoria à “gravitação universal” de Newton, que irá dar forma à teoria
hoje conhecida por relatividade geral.
Na
segunda lição fala-nos de uma teoria distinta à relatividade geral, a “mecânica
quântica”, começada por Max Planck, mas posteriormente desenvolvida por outros
físicos, entre os quais, Einstein. A teoria baseia-se na imaginação de que a
energia está distribuída em “quanta”, ou seja em pacotes, ou grumos de energia.
Niels Bohr mais tarde também guia o seu desenvolvimento. Em 1925 surgem as
equações da teoria, escritas pelo alemão Werner Heisenberg que irão substituir
toda a mecânica de Newton.
Na
terceira lição, vemos a evolução da ideia que temos do cosmos, até ao modelo
que temos hoje, da Terra à volta do Sol, tal como todos os outros planetas.
Pois, não foi esta ideia que sempre tivemos. Fala-nos também da evolução do
Universo em si, começando como uma pequena bola, e depois explodindo para as
dimensões que tem hoje em dia.
Na
quarta lição, Carlo Rovelli conta-nos das partículas constituintes do nosso
Universo, nomeadamente eletrões, fotões, quarks, e gluões. O modo como estas se
movem é descrito pela mecânica quântica
A quinta lição explica-nos que
a teoria da relatividade geral e a mecânica quântica, apesar de trabalhar
“horrivelmente bem”, não podem ambas ser verdadeiras, no modo em que se
contradizem uma à outra. Portanto, o objetivo seria arranjar uma série de equações,
uma visão coerente do mundo, para que acabe a esquizofrenia. Chega-se então a
uma teoria, designada por quântica em loop, que tenta tornar compatíveis
as duas teorias anteriores, e não utiliza equações para além dessas duas
teorias. Mas as suas consequências são radicais, no sentido em que muda
completamente a nossa percecão do Universo. A mais notável seria a ideia de que
antes da explosão do nosso Universo, já teria sido do tamanho em que está
agora, portanto, teria, num primeiro momento de se ter “comprimido”, e só
depois, explodido de novo, para o tamanho que está hoje me dia.
A
sexta lição ensina-nos sobre o calor, e o porquê de ir das coisas quentes para
as frias, e não ao contrário. A resposta é simples, mas confusa: é o acaso. É estatisticamente
mais provável que o átomo mais quente embata no átomo mais frio, e lhe deixe um
pouco da sua energia. Esta descoberta feita por Boltzmann não foi levada a
sério por ninguém, como é frequente.
A sétima e última lição é um breve sumário, ou conclusão de tudo o que foi explicado até este momento, explicando também a nossa posição em todas as descobertas científicas.
A sétima e última lição é um breve sumário, ou conclusão de tudo o que foi explicado até este momento, explicando também a nossa posição em todas as descobertas científicas.
Duarte Gomes
Recensão realizada no âmbito do projeto Ler Ciência, uma parceria entre a disciplina de Física do 12.º ano (turma CT3) e a biblioteca
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