2012-11-12

Mais um livro para ler: Avieiros (1942), de Alves Redol


Foi o “Colóquio Alves Redol e as Ciências Sociais – a literatura e o real, os processos e os agentes” que nos levou a pensar em Avieiros, um livro que fala da “gente que vivia em barcos, pescando ou vendendo melões ou melancias, segundo as épocas. Nómadas do rio, como os ciganos na terra, tinham vindo da Praia da Vieira e faziam vida à parte: chamavam-lhes avieiros.” (Alves Redol, prefácio à 6ª edição de Avieiros)

Quando, ainda na adolescência, lemos o livro, fomos conduzidos pela emoção proporcionada pelo sentido épico de um povo que, apesar da precariedade das suas vidas, nunca deixou de lutar.

Hoje temos consciência da pesquisa etnográfica que Redol fazia antes de escrever as suas obras, procurando conhecer os hábitos, costumes e modos de vida daqueles de quem falava. Daí não surpreender o interesse que suscita aos estudiosos das ciências sociais.




 Alves Redol (1911-1969) é um dos escritores do movimento neorrealista que, em meados do século XX, colocou o “povo” no centro da ação.


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