2019-03-24

Ouvir-te Ler 2019


Concluímos, no passado dia 20, a semana da leitura, com o concurso Ouvir-te Ler, que desde há quatro anos realizamos com os departamentos do 1.º ciclo e de Português. É a única atividade que junta, num momento, alunos de todas as escolas do Agrupamento. E é bom saber que o que nos uniu naquele dia 20 foi a leitura. Leram-se textos narrativos de Mia Couto, Luís Sepúlveda, Sophia e Alçada Baptista, tendo os alunos, a partir do segundo ciclo, escolhido os poemas que leram - e ouvimos Pessoa, Camões, Eugénio de Andrade, Al Berto, entre tantos outros. 
Ler, passar a palavra: sete alunos das escolas do primeiro ciclo, seis alunos do segundo ciclo da EB dos Castanheiros, nove alunos do terceiro ciclo, dos Castanheiros e da Secundária, nove alunos do secundário: 31 concorrentes a ligar-nos pela leitura.
O júri decidiu os vencedores: Diana  Brissos, do 4.º ano da EB Professora Maria Costa, Francisco Antunes, do 6.º F, Constança Cruz, do 8.ºE e Daria Semenchuk, do 11.º SE1, mas todos estão de parabéns pela sua participação.
Conseguimos, com alguma intervenção do orçamento do Agrupamento e do apoio das editoras Porto Editora e Leya, oferecer um livro (pois claro) a todos os participantes e prémios aos primeiros classificados.
O evento teve o apoio fundamental e muito profissional dos alunos do 11.º ano do curso de Turismo.

2019-03-23

ler Os Maias



Sexta-feira, dia 15, a leitura foi fora da escola. A biblioteca promoveu com a turma do 11.º ano do curso profissional de Técnico de Turismo, um roteiro de Os Maias de Eça de Queirós, por Lisboa. Durante duas horas, percorremos a baixa de Lisboa, dos Restauradores ao Cais do Sodré, passando, claro, pelo Chiado, lendo diversas passagens do livro, in situ. Na fotografia, ao lado do obelisco dos Restauradores:


«um obelisco, com borrões de bronze no pedestal, erguia um traço cor de açúcar na vibração fina da luz de inverno: e os largos globos dos candeeiros que o cercavam, batidos do sol, brilhavam, transparentes e rutilantes, como grandes bolas de sabão suspensas no ar.» (capítulo 18).

2019-03-12

Semana da Leitura - Ler ciência

Há já alguns anos que fazemos coincidir a semana da leitura com as recensões de livros científicos ou de divulgação científica realizadas pelos alunos de Física do 12.º ano e apresentadas na biblioteca, este ano, hoje. Também costumamos apresentar alguns desses trabalhos no nosso blogue. Que se seguem a seguir.



Alan Lightman, Os Sonhos de Einstein,  Edições Asa, 1994


Albert Einstein foi um dos físicos mais emblemáticos de toda a História da Humanidade. Criou a famosa Teoria da Relatividade, mudando para  sempre a física que até aí se conhecia. Neste livro são retratados, como se pode adivinhar, os seus sonhos: sonhos sobre a concenção do tempo e a as implicações que essas várias conceções têm na realidade. Cada capítulo traz-nos um novo dia, um novo sonho, uma nova conceção, uma outra história recheada de exemplos que ajudam o leitor a entender o que é o tempo.
            Em primeiro lugar, devo referir que todos estes sonhos são obra da imaginação do autor Alan Lightman. Quer o cientista tenha tido ou não estes sonhos já é outra história, não existe pelo menos algum facto no livro que nos prove esse facto. De seguida, devo também mencionar que o livro não é uma abordagem científica sobre o que é o tempo. Apenas apresenta ao leitor várias situações que poderiam, ou podem, ser a realidade do tempo. Todos estes exemplos que o autor nos dá não chegam a ser comparados com a teoria da relativade, a teoria que Einstein propôs a representar a realidade, mas em vários destes sonhos podemos ver retratados desta teoria, que poderão ser muito bem como o físico chegou à sua resposta. Apesar de tudo isto, para além do seu caráter teórico, acho que a obra nos apresenta bastante a realidade filosófica sobre o que era viver em certas situações. A obra brilha mais no seu carácter filosófico, onde questiona as várias conceções do tempo e o porquê de não funcionarem, a ligação da vida com o tempo e qual a relação entre as duas, algo que obriga o leitor a pensar.
            O que mais me impressionou nesta obra foram as mensagens do autor sobre a nossa maneira de viver, sobre a obsessão com o tempo, sobre a forma como vivemos as nossas vidas. É uma sorte vivermos, porquê desperdiçar tempo a pensar no tempo, a correr para poupar uns segundos que não importarão. Se calhar tudo isso está determinado, por isso, tudo o que fazemos não tem significado, mas acabamos por fazê-lo na mesma, porque não sabemos que estamos determinados. A obra ajuda o leitor a pensar de mente aberta, sem rejeitar as várias hipóteses que apresenta, de forma otimista.
Em termos de escrita, o autor faz uso de uma escrita simples, poética até, mas exageradamente descritiva e exemplificativa. Sem dúvida, todos os sonhos necessitam de um, talvez mais exemplos para o leitor entender a sua aplicação numa vida real. Contudo, as extensas descrições não ajudam o leitor a concentrar-se no que é mais importante e muitas vezes os repetitivos exemplos criam uma monotonia que deixaram, pelo menos a mim, perder algum interesse em certas partes da obra. Esta tendência para o exagero de exemplos não se traduz às vezes pela quantidade de exemplos mas pela extensão de alguns e aí dar-se-á o problema contrário, é possível que, apenas com um exemplo, mesmo que extenso, não se consiga perceber a conceção do tempo aí descrita.
Por último, faço menção ao que penso ser, uma parte não essencial da obra. Claro, percebo a função, mas poderia aparecer num diferente contexto, um não tão forçado. Refiro-me à presença dos interlúdios, onde o autor fala um pouco sobre a vida de Einstein, ainda novo, na presença de um seu amigo, Besso. Nestes capítulos, nada de interessante ou novo nos é apresentado, apenas uma fatia da vida de Einstein, na altura em que criou a sua teoria do tempo, daí a sua aparição, mas que de qualquer forma, poderia aparecer com um pouco de criatividade, talvez envolvendo o cientista na história em si.
Em conclusão, Alan Lightman liga, através dos sonhos de um grande cientista, teorias sobre a conceção do tempo à filosofia de vida e à realidade em si nesta interessante e bem escrita obra. O livro ajuda o leitor a entender uma fração de uma das teorias mais famosas de todos os tempos, a teoria da relatividade, mesmo que o faça de forma dificilmente percetível para quem a conhece.
Diogo Cardoso
 





L. Sprague De Camp, Máquinas e Motores, Editorial VERBO

“Máquinas e Motores”, é uma obra escrita por L. Sprague de Camp e traduzida por Rodrigo Machado. Esta obra foi escrita na década de 60 e trata o assunto dos motores, ou seja, as máquinas que fazem com que a humanidade evolua.
Neste livro é abordada numa fase inicial, um pouco da história das primeiras máquinas e uma explicação do funcionamento destas. Após isto, são abordados por ordem cronológica de desenvolvimento os diferentes tipos de motores e é apresentada uma explicação detalhada das suas partes constituintes bem como do seu funcionamento. São também referidas as diferentes utilizações para as quais foram e são empregues até hoje estes motores e até alguns que mesmo na atualidade ainda não se encontram muito estudados.
Devido à sua idade, previsivelmente este já não é um livro muito atualizado, porém possui muita informação que é útil para compreendermos as máquinas de hoje em dia, como alguns conceitos que permaneceram imutáveis ao longo destes anos.
 João Martins

Pedro G. Ferreira, Uma Teoria Perfeita, Editorial Presença, 2014

 A teoria da relatividade ganhou vida própria e ao longo do século XX foi motivo de alegria e frustração no seio da comunidade científica, e esteve no centro das mais importantes batalhas intelectuais.
 Compreender a teoria da relatividade de Einstein é a chave para se compreender a origem do tempo e a evolução do universo. A relatividade geral está no centro de grande parte da investigação de Pedro Ferreira.
Com o tempo, o autor foi-se apercebendo de que a própria história da relatividade geral é uma narrativa fascinante na qual o seu percurso tão rico e cheio de descobertas e vicissitude se pode encontrar em Uma Teoria Perfeita. E assim surgiu esta biografia da relatividade geral, que conta a sua história magnífica e abrangente a qual não se restringe apenas ao meio científico e académico, mas igualmente ao público em geral.
João Fernandes

2019-03-08

Histórias de Abril - um passado com presente

A Câmara de Odivelas convidou as escolas do concelho e solicitou o apoio das bibliotecas escolares para a edição de um livro que comemore os 45 anos do 25 de Abril.
Das escolas do nosso agrupamento, contribuímos para o livro com textos e ilustrações do 6.ºD, do 8.ºH e do12.ºLH2. Mas a Câmara pediu também aos alunos de Artes que apresentassem propostas para a capa do livro. Essas propostas, mais alguns desenhos que ilustram o livro que vai ser publicado em maio, estão expostas no Centro de Exposições de Odivelas e merecem uma visita. Foram dez as propostas dos nossos alunos do 10.º e do 11.ºano de Artes Visuais à capa do livro, tendo duas delas (da Filipa e da Helena) entrado nas três pré-selecionadas para a decisão final que já foi anunciada. Esta vai ser a capa
Filipa Ramos
A outra obra finalista foi:
Helena Vitorino
 Mas estão também de parabéns pela sua participação os alunos que apresentaram outras obras, algumas das quais poderão ser integradas no livro.

Eduardo Almeida






Margarida Ferreira
Alícia Celeste Manuel




André Antunes

Daniela Patrício

Inês Silva e Ssara Almeida

João Marco

Luana Loureiro