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2019-05-05

Gente a ler

Estivemos na fase intermunicipal do concurso nacional de leitura, que se realizou ontem, dia 4 de maio, na Secundária Luís de Freitas Branco, em Oeiras. Verdadeira festa da leitura, este acontecimento teve a presença de alunos dos 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa que, acompanhados por familiares e professores, encheram o espaço de entrada daquela escola, como a fotografia mostra.


Da nossa escola estiveram a Carolina e a Maria Inês, como representantes do 3.º ciclo do concelho. Não foram classificadas para a final, mas seguramente sentiram-se bem neste mundo de gente que lê, como elas.
 A Leitura continua!

2019-03-24

Ouvir-te Ler 2019


Concluímos, no passado dia 20, a semana da leitura, com o concurso Ouvir-te Ler, que desde há quatro anos realizamos com os departamentos do 1.º ciclo e de Português. É a única atividade que junta, num momento, alunos de todas as escolas do Agrupamento. E é bom saber que o que nos uniu naquele dia 20 foi a leitura. Leram-se textos narrativos de Mia Couto, Luís Sepúlveda, Sophia e Alçada Baptista, tendo os alunos, a partir do segundo ciclo, escolhido os poemas que leram - e ouvimos Pessoa, Camões, Eugénio de Andrade, Al Berto, entre tantos outros. 
Ler, passar a palavra: sete alunos das escolas do primeiro ciclo, seis alunos do segundo ciclo da EB dos Castanheiros, nove alunos do terceiro ciclo, dos Castanheiros e da Secundária, nove alunos do secundário: 31 concorrentes a ligar-nos pela leitura.
O júri decidiu os vencedores: Diana  Brissos, do 4.º ano da EB Professora Maria Costa, Francisco Antunes, do 6.º F, Constança Cruz, do 8.ºE e Daria Semenchuk, do 11.º SE1, mas todos estão de parabéns pela sua participação.
Conseguimos, com alguma intervenção do orçamento do Agrupamento e do apoio das editoras Porto Editora e Leya, oferecer um livro (pois claro) a todos os participantes e prémios aos primeiros classificados.
O evento teve o apoio fundamental e muito profissional dos alunos do 11.º ano do curso de Turismo.

2019-03-23

ler Os Maias



Sexta-feira, dia 15, a leitura foi fora da escola. A biblioteca promoveu com a turma do 11.º ano do curso profissional de Técnico de Turismo, um roteiro de Os Maias de Eça de Queirós, por Lisboa. Durante duas horas, percorremos a baixa de Lisboa, dos Restauradores ao Cais do Sodré, passando, claro, pelo Chiado, lendo diversas passagens do livro, in situ. Na fotografia, ao lado do obelisco dos Restauradores:


«um obelisco, com borrões de bronze no pedestal, erguia um traço cor de açúcar na vibração fina da luz de inverno: e os largos globos dos candeeiros que o cercavam, batidos do sol, brilhavam, transparentes e rutilantes, como grandes bolas de sabão suspensas no ar.» (capítulo 18).

2019-01-22

Alma de Manuel Alegre




Estão definidos os representantes da escola à fase concelhia do Concurso Nacional de Leitura.

Do 3.º ciclo estão apuradas as alunas Carolina Trindade, do 9.ºD e Maria Inês Tavares, do 8.ºB, do Secundário, Maria Rosa e Raquel Carvalho, do 12.ºCT1.
Parabéns a todos os participantes


Na prova do Secundário, convidámos os alunos a ler o romance Alma de Manuel Alegre e, dos textos de apreciação crítica escritos no âmbito da prova realizada, não queremos deixar de partilhar alguns dos textos produzidos.

São textos escritos em condição de teste, com limitação de tempo e de espaço (200 a 250 palavras), que nos convidam à leitura de Alma:


1.



Alma, de Manuel Alegre, é uma obra portuguesa. É portuguesa porque é simples, objetiva, emocional, carregada de tradição e de profunda saudade. Essa foi a principal razão para ter gostado tanto desta obra. Considero que o autor foi extremamente fiel à história portuguesa e à alma de Portugal, certamente não será coincidência a origem do título da obra.
Achei também muito cativante a forma como Manuel Alegre desenvolve o seu discurso, de forma tão fluída, objetiva e clara e que faz o leitor sentir-se como alguém que é a ele íntimo, alguém próximo, alguém da família. Outro aspeto que também me despertou fascínio foi a maneira de como o “Portugal governado por Salazar” não é representado como enfraquecido, sem esperança e triste, mas, pelo contrário, como um Portugal em desenvolvimento, prestes a renascer.
Para concluir, penso que o livro escolhido para o Concurso Nacional de Leitura foi uma excelente escolha porque foi uma escolha irreverente e arriscada (porque era diferente de tudo aquilo que a escola alguma vez me apresentou) e, por outro lado, porque revive uma parte nos alunos que muitas vezes não é trabalhada, o carinho pela família e pelas origens, o orgulho em ser português e em ser criança.
Maria Rosa
12.º CT1



2.

Nesta obra de Manuel Alegre, Alma, podemos encontrar um exemplo de como seria o quotidiano de uma família portuguesa durante a ditadura de Salazar (1933-1968).
No decorrer da obra, Manuel Alegre aborda diversos aspetos característicos do dia a dia da população portuguesa durante este período da História portuguesa nomeadamente a pobreza, os conflitos entre “Situação” e “Oposição” e certos aspetos de cariz sexual.
A pobreza é descrita mais ao pormenor em contexto escolar, onde o narrador (Duarte de Faria) analisa certas características como a forma de se vestirem, quando repara que mais de metade da turma usa um tipo de calçado improvisado ou até mesmo sem calçado absolutamente nenhum. Também repara na situação de Júlio que, apesar de ser o melhor aluno, não pode prosseguir estudos por ser pobre.
Os conflitos entre a “Situação” e a “Oposição” demonstram com algum realismo a forma como muitas vezes a ditadura quebrava a união entre as pessoas da vila e até mesmo entre as próprias famílias, que o narrador exemplifica com a sua.
Por fim, Manuel Alegre, na voz de Duarte de Faria, descreve como seria a vida sexual de um adolescente da altura. Apesar de ser um aspeto importante, se eu fosse Manuel Alegre não teria incluído este assunto na obra.
Em suma, o livro é uma obra com qualidade e um retrato perfeito de uma família desta época porque aborda diversos temas fundamentais para a compreensão do quotidiano das famílias como estes e outros não referidos anteriormente.
João Saldanha
10.º CT4

3.




Pode dizer-se que Alma, de Manuel Alegre, é muito diferente do que é considerado comum, normal e até mesmo cliché em muitas outras obras literárias.
Sem quaisquer rodeios e com um grande senso de humor, o autor construiu o narrador e todas as outras personagens com cuidado e detalhe, tomando cada uma destas única e especial, com o seu próprio encanto. A própria localidade onde decorre todo o enredo, Alma, tornou-se num espaço muito claro, nítido e fácil de visualizar graças ao leque variado de pormenores dados a conhecer aos leitores, quase como se fôssemos também habitantes desta localidade mais escondida e pacata.
A entusiasmante aventura de conhecer Alma transformou-se também em algo cada vez mais animado e interessante, por ser descrito, aos olhos do narrador, o jovem Duarte, que era tão endiabrado, energético, inteligente e pronto para conhecer o mundo e o que este lhe iria trazer. Os seus amigos, os seus familiares, professores – e até conhecidos somente de vista –, todos esses contribuíram para a infância mais audaz e incomum do narrador.
Assim, este livro, esta história tão especial e interessante, que decorre aos olhos de uma criança fascinada pela vida, permite-nos experienciar momentos únicos com os quais talvez nunca nos tenhamos deparado na vida real. Este é um óptimo livro que revela também a importância da amizade e da família.
Raquel Carvalho
12.ºCT1

4.

Com a leitura da obra Alma, de Manuel Alegre, pude perceber finalmente a infância dos meus pais. Achei o livro bastante interessante porque me permitiu ver como se vivia antigamente e também porque vejo que muita coisa mudou comparando com a atualidade. Não sou uma grande leitora, mas, na minha opinião, este livro é muito bom para as crianças que hoje vivem num mundo tecnológico verem como as pessoas eram felizes com coisas simples.
À medida que fui lendo o livro lembrava-me das histórias que o meu pai me contava que vivenciara na infância. Como no livro, o meu pai ia muitas vezes aos jogos de futebol com o meu avô e também caçava melros e pardais. Apenas com a leitura deste livro pude perceber o que o meu pai me contava.
Um detalhe de que gostei bastante foi o facto do autor no livro se chamar Duarte e não Manuel, e também a forma pormenorizada como descreveu a sua infância o que fez com que conseguisse imaginar a história na minha cabeça como se estivesse lá.
Penso que esta obra foi muito bem conseguida e gostei bastante de lê-la e acho que as pessoas que viveram nesta época iriam gostar bastante de ler este livro.
Beatriz Ferreira
10.º CT4