A Biblioteca organiza de 28 de Fevereiro a 4 de Março a sua semana da leitura. Do programa consta:
Exposição - trabalhos realizados pelos alunos do 8.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Educação Visual, a partir do livro de Ana Saldanha, Uma Questão de Cor;
A Ler.. – acções de leitura, na Biblioteca, durante os intervalos, no período diurno e nocturno.
Ler é - concurso de frases escritas pelos alunos na sua ida voluntária à biblioteca
Sessões e outras actividades previstas:
Dia 28 de Fevereiro – 2.ª feira
11:35 - Entrega de prémios aos alunos Actividade:Esmiuçar a Biblioteca (7.º e 10.º ano)
15:20 - Falar de Livros e Autores. Local de realização:biblioteca. Prof-ª responsável Paula Simão
Dia 1 de Março – 3.ª feira
8:15 – Falar de Ciênciae do livro de divulgação científica (alunos do 12.º A, B e C). Local de realização:Auditório. Prof.ª responsável – Ana Paula Pereira
Dia 2 de Março – 4.ª feira
11:35 - Atribuição de prémios do concurso “Faça lá um Poema” Local de realização: biblioteca.
11:55 - Falar de Leituras (alunos do 9.º C) Local de realização: biblioteca. Prof. responsável Luís André
Já foi em Janeiro, mas a partilha de leituras é sempre notícia. Desta vez foram três alunos da turma C do 9.º ano que, numa aula de Língua Portuguesa, apresentaram aos seus colegas as leituras.
Um dos alunos, Rúben Cardoso, escreveu sobre Haxe de Manuel Arouca, livro apresentado por Inês Dias:
Sónia era uma adolescente que vivia com os pais e com o seu irmão Edgar. Sónia sentia-se desprezada pelos seus pais que apenas se preocupavam como bem-estar do filho. Edgar era um excelente aluno, desportista e conseguia o que queria.
O pai começou a sair à noite com o filho e incentivou-o a fumar haxixe para que ficasse mais desinibido. (…) Um dia a mãe encontrou o filho no quarto a fumar haxixe.
Todos estes acontecimentos fizeram com que Sónia fosse fazendo desenhos sobre a sua vida. O seu trabalho era bom e uma editora publicou-o, mas continuava a ser desprezada pelos pais.
Um dia, quando, em casa, mostrava o seu trabalho a grande número de repórteres, o seu irmão ameaçou suicidar-se. Os repórteres disseram-lhe uma verdade merecida – que ele era um drogado e que a sua irmã era muito melhor que ele. Ele argumentava que iria ser sempre melhor que ela e querendo demonstrar isso não se suicidou. No final de contas a irmã é que o salvou.
Já foram divulgados os livros para a fase distrital do Concurso do Plano Nacional de Leitura que decorrerá em Abril.
Para o 3.º Ciclo:
Gonçalo M. Tavares. O senhor Valéry.
Gonçalo M. Tavares, escritor português, nasceu em 1970 em Luanda. Publicou a sua primeira obra em Dezembro de 2001. Editou romances, contos, ensaio, poesia e teatro. Todas as suas obras estão a ser traduzidas.
Em Portugal recebeu o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004, com o romance - Jerusalém (Caminho); o Prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, com o livro O Senhor Valéry (Caminho); o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com Investigações. Novalis (Difel); e o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores "Camilo Castelo Branco" com água, cão, cavalo, cabeça 2007(Caminho).
Prémios Internacionais: Prémio Portugal Telecom 2007 (Brasil). Prémio Internazionale Trieste2008 (Itália). Prémio Belgrado Poesia 2009 (Sérvia). Prix du Meilleur Livre Étranger 2010 (França) com"Aprender a Rezar na Era da Técnica". O seu livro Uma viagem à Índia, 2010, recebeu ontem o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para a melhor obra de ficção de 2010.
Ver o blogue sobre o autor
Um pequeno filme sobre a obra sr. Valéry
Agustina Bessa-Luís. Vento, areia e amoras bravas
Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, em 1922. A família do seu pai era do Norte do país e a sua mãe era espanhola.
Viveu durante a infância e adolescência na região de Entre-Douro e Minho e depois em Coimbra até 1948. Casou em 1945 com Alberto de Oliveira Luís. A partir de 1950 fixou residência no Porto.
Começou a escrever aos 16 anos e em 1948 publicou o seu primeiro romance, “Mundo Fechado”.
Entre a sua vasta obra destacamos A Sibila (1953) Crónica do Cruzado Osb (1976), As Fúrias (1977), O Mosteiro (1980), O Vale Abraão (1991) e o seu último romance publicado, A ronda da noite (2006). O Prémio Camões (em 2004) está entre os múltiplos prémios recebidos pela autora. Também muitos dos seus livros receberam prémios. Destacamos Sibila, que recebeu os prémios Delfim Guimarães (1953) e Eça de Queirós (1954) e os livros que receberamo Prémio de Romance e Novela, Associação Portuguesa de Escritores: em 1983, Os Meninos de Ouro e, em 201, Jóia de Família.
O artigo da wikipédia é útil e tem links importantes.
·Para o Secundário:
Raquel Ochôa, A casa-comboio
É repórter e publicou duas obras em 2008: "O Vento dos Outros" e "Bana- Uma vida a cantar Cabo Verde". Em 2009 é publicado o seu primeiro romance "A Casa-Comboio", vencedor do prémio literário revelação Agustina Bessa-Luís.
Sándor Márai (1900-1989) nasceu em Kassa, uma pequena cidade da Hungria, hoje Eslováquia. Seu pai era advogado e sua mãe professora. É um dos maiores escritores da língua húngara, sendo autor de mais de sessenta livros, alguns dos quais já editados em Portugal. Escreveu seu primeiro romance aos 24 anos. A implantação do regime comunista em 1948 levou este escritor, que sempre escreveu em húngaro, ao exílio, tendo vindo a morrer em San Diego, nos Estados Unidos. Durante o período comunista, a sua obra foi proibida na Hungria.
Todos os livros referidos e outros dos diversos autores aqui referidos podem ser requisitados na Biblioteca.
Hoje, dia 22, falámos, a professora bibliotecária e os alunos do 12.º ano do Curso Profissional de Apoio à Infância, de organização de bibliotecas, de livros e de leituras. Lemos e ficámos a pensar no seguinte excerto da obra Como um Romance de Daniel Pennac:
Imagem retirada de: michelefgomes.blogspot.com
Em resumo, ensinávamos-lhe tudo o que se pode ensinar acerca do livro, numa altura em que ele ainda não sabia ler. Abrimos-lhe até ao infinito uma enorme diversidade de coisas imaginárias, iniciámo-lo nas alegrias da viagem vertical, dotámo-lo do dom da ubiquidade, libertámo-lo de Chronos*, mergulhámo-lo na solidão fabulosamente povoada do leitor… As histórias que lhe líamos tinham imensos irmãos, irmãs, pais, duplos ideais, esquadrilhas de anjos-da-guarda, inúmeros amigos tutelares encarregados de o consolar, mas que, lutando contra os seus próprios ogres, encontravam também eles refúgio nos batimentos inquietos do seu coração. Tornou-se o anjo recíproco dos personagens: um leitor. Sem ele, o mundo deles não existiria; sem eles, ficaria preso na espessura do seu mundo. E assim descobriu a virtude paradoxal da leitura, que consiste em fazer-nos abstrair do mundo para lhe encontrarmos um sentido.
Regressava calado destas viagens. Era de manhã, e falava-se de outras coisas. A verdade é que nunca nos preocupámos em saber se ele tinha ganho alguma coisa com as histórias. Ele, inocentemente, cultivava este mistério. Era, como se costuma dizer o seu universo. As suas relações privadas com a Branca de Neve ou com qualquer um dos sete Anões, entravam na categoria da intimidade, que comanda o segredo. Este silêncio depois da leitura, é o grande prazer do leitor!
De facto, ensinámos-lhe tudo acerca do livro.
O seu apetite de leitor era espantosamente grande, a ponto, recordemos, de ele ter pressa em aprender a ler.
Pennac, Daniel. Como um Romance. (1996). Edições Asa. Lisboa
Rómulo de Carvalho (1906-1997) foi o grande divulgador da ciência. Professor de Ciências Físico-Químicas publicou diversos livros de divulgação,nomeadamente, o manual de Química para o 3.ºCiclo, entre outros livros pedagógicos. Além da actividade científica onde defendia a necessidade do ensino experimental, o cientista também dava lugar ao poeta, assinando como António Gedeão. Em 2007, alunos da nossa escola (do 11.ºC)participaram no concurso-homenagem Rómulo de Carvalho / António Gedeão, no âmbito do centenário do poeta da ciência tendo ficado uma importante memória digital aqui. No Ano Internacional da Química, lembrar o cientista passa por ler os seus escritos que se complementam com a sua poesia. Ouvir António Gedeão:
Como tínhamos prometido, eis algumas fotografias que documentam a actividade de leitura de poemas de amor realizada pelo departamento de Línguas na Biblioteca. Naturalmente que Romeu e Julieta tiveram que se apresentar num espaço cénico adequado à sua história.
Em breve, esperamos poder apresentar imagens dos nossos alunos a dizer poemas de amor numa iniciativa que o departamento de Línguas levou a cabo na Biblioteca. Para já partilharia Fernando Pessoa (1928):
O amor, quando se revela, não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente. Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse, se pudesse ouvir o olhar, e se um olhar lhe bastasse pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala; quem quer dizer quanto sente fica sem alma nem fala, fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe o que não lhe ouso contar, já não terei que falar-lhe porque lhe estou a falar...
Quarta-feira, dia 16, às 10:05, no Auditório, terá lugar mais uma sessão da actividade O meu primeiro romance, na qual, um professor e um aluno falarão de um livro que os tenha particularmente tocado.
Desta vez, a professora Ana Paula Simão apresenta o livro de Luís de Sttau Monteiro Um Homem não Chora e a aluna Inês Costa do 10.ºA apresenta o livro de Camilo Castelo Branco O Amor de Perdição.
A obra remete-nos para a realidade daquele (do nosso??) tempo, denunciando os comportamentos típicos e hipócritas da burguesia dominante, o mundo de aparências. Enuncia os valores (“transpirando” a cinismo e fingimento), impostos à sociedade, criticando, assim, a transigência com que esses valores são aplicados no dia-a-dia. E, então, surge a imposição entre o SER e o PARECER..., quando alguém quer viver sem “jogos”, apenas de uma forma DIGNA e HUMANA, sem humilhar outro alguém, que merece todo o respeito. É neste conflito e revolta que um HOMEM, que aprendeu desde criança, que UM HOMEM NÃO CHORA...chora e, chora, muito!... (Ana Paula Simão)
Esta obra retrata um amor proibido entre dois jovens de famílias imponentes, na sua região, mas inimigas. Os dois apaixonaram-se numa troca de olhares e de poucas palavras, à janela de suas casas. A partir desse momento, passaram a trocar inúmeras cartas de amor até o pai da jovem descobrir e ameaçar mandá-la para um convento, caso ela insistisse nessa paixão, em manter contacto com o seu amado e recusar casar com o seu primo. Este amor foi repleto de momentos idílicos, mas, sobretudo, de momentos difíceis e trágicos, como em muitos amores da nossa era. No final, poderíamos pensar que o casal ficaria unido, mas, “O AMOR NÃO VENCEU TUDO E TODOS”, e acabou por levá-los à morte por não poderem permanecer juntos. Neste livro, em que o final é profundamente infeliz, podemos concluir que, por vezes, aquilo que ambicionamos não é aquilo que alcançamos. (Inês Costa)
Joan Zorro exerceu a sua actividade poética durante o reinado de Dom Dinis (1279-1325). Nesta gravação, Natália Correia canta uma das suas cantigas de amigo. Mais informação sobre o poeta pode ser lida aqui.
Há cinquenta anos começou a Guerra Colonial. A poesia de resistência à Guerra esteve sempre presente e vozes destacaram-se nesse transformar da poesia em luta: Manuel Alegre é uma dessas vozes. Em Nambuangongo:
Hoje, à tarde, no auditório da escola, alunos do 11.ºano vão partilhar com os seus colegas e demais interessados as leituras que fizeram de contos, no âmbito da disciplina de Português. Vamos pode ouvir falar Cláudia Cotrim (O Pescador e a sua Alma de Oscar Wilde), Ludmila Adão (Último Aviso do Corvo Falador de Mia Couto), Sónia Cunha (A Ponte na Califórnia de Teolinda Gersão), Nanci Bôto (O Fato Completode Lucas Matesso de José Luandino Vieira), Solange Santo,( A Cabeleireira de Inês Pedrosa), Rita Silva (O Velho Que Lia Romances de Amor de Luis Sepúlveda), Ana Carinhas (O Cerco de Vergílio Ferreira). Assim, com o apoio da Biblioteca, a leitura sai da sala de aula e oferece-se a todos. Vamos lá ver se há tempo para tanta conversa.
Durante esta semana vamos dar atenção especial à importância de utilizar a Internet de um modo seguro. Perceber o mal que a Internet pode fazer quando utilizada irresponsavelmente fará parte das actividades desenvolvidas no âmbito de Área de Projecto do 8.º ano.
Pais, educadores e jovens devem procurar tirar todo o partido da Internet e, ao mesmo tempo, conhecer os seus perigos para melhor os evitar.
Uma visita à Internet Segura acrescenta informação útil.
183 anos, para ser exacto. Júlio Verne nasceu em Nantes no dia 8 de Fevereiro de 1829 e morreu em 1905.
Escreveu livros com aventuras fantásticas, previu futuros com grande inteligência e acerto, antecipando o nosso tempo com a criação de submarinos, balões à volta do Mundo, idas à Lua.
No meio da ficção científica contou-nos histórias de aventura (Dois Anos de Férias é o meu favorito, mas ainda me lembro como é que Miguel Strogoff não ficou cego quando lhe aproximaram dos olhos uma faca incandescente) e (esta, a boa notícia) temos muitos livros na Biblioteca para emprestar. Para os fans ou futuros fans há muita informação na Internet, mas seleccionamos estesite em português.
jnm
Muitos alunos participaram no concurso Faça lá um Poema que já noticiámos aqui. Seleccionámos três poemas e, desses, aquele que vai representar a escola no concurso do Plano Nacional de Leitura, com a possibilidade de ser lido pelo seu autor no Centro Cultural de Belém. Os poemas seleccionados foram:
De um apontamento de inspiração, Ricardo Barras, 10.º A
Ilha, Limácia Lima, 12.º CM
Limite, Jonathan Mané, 12.º CM
O poema que submetemos ao PNL foi o de Ricardo Barras que transcrevemos. Em breve, apresentaremos os outros dois.
«Das duas uma: ou as pessoas se fazem ao nome que lhes puseram no baptismo, ou ele tem de seu o bastante para marcar a cada um.» Assim começa Nome de Guerra de Almada Negreiros, livro que pode ser requisitado na Biblioteca e que nos apresenta «uma Judite que não se chama assim» e um certo Antunes, o protagonista, estreante de Lisboa e de tudo. Mas o Nome de Guerra é notícia, hoje, porque foi o livro escolhido como tema de um Prémio de Fotografia lançado pela Fundação José Saramago. Os candidatos ao Prémio são convidados a ler o livro e a expressar em fotografia o seu espírito. As três melhores fotografias têm prémios monetários e a Fundação propõe-se organizar uma exposição com as fotografias participantes que circulará por escolas e bibliotecas. O Regulamento aqui