2013-06-03

O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro


O Malhadinhas dá o mote:

“Quando comecei a por vulto no mundo, meus fidalgos, era a porca da vida outra droga. Todas as semanas contavam dias de guarda e, por cada dia de guarda, armava-se o sericoté nos terreiros. Não andaria Nosso Senhor de terra em terra – eu cá nunca me avistei com ele – mas a verdade é que a neve vinha com os Santos e as cerejas quando largam do ovo os perdigotos. Bebia-se o briol por canadões de pau até que bonda. Um homem mesmo com os dias cheios tinha pena de morrer.”

O Malhadinhas, Bertrand Editora, 2007




Aquilino Ribeiro nasce na Beira Alta (em Carregal, no concelho de Sernancelhe), em 1885 e morre em Lisboa em 1963.
Deixou uma vasta obra em que cultivou todos os géneros literários, partilhando com Fernando Pessoa, nas palavras de Óscar Lopes, lugar cimeiro nas Letras Portuguesas.
(…) Em Setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.

Adaptado de: Wook, Porto Editora: http://www.wook.pt/authors/detail/id/4989, 31 de maio de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário