2014-01-11

Mia Couto

Por iniciativa do nosso aluno César Dias, divulgamos este mês a obra de Mia Couto, com um convite à leitura individual, e/ou à leitura partilhada, de um dos maiores escritores contemporâneos de língua portuguesa.

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano.
Adoptou este pseudónimo devido à paixão por gatos e porque o seu irmão não sabia pronunciar o nome dele.
Com catorze anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço Marques (agora Maputo).
Iniciou os estudos universitários em medicina, que abandonou no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista, depois do 25 de Abril de 1974.
Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações, em Setembro de 1975, por colonos que se opunham à independência. Foi nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as províncias moçambicanas, durante o tempo da guerra de libertação. A seguir, trabalhou como director da revista Tempo, até 1981, e continuou a carreira no Jornal Notícias, até 1985.
Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho. Dois anos depois, demitiu-se da posição de diretor para continuar os estudos universitários na área de biologia.
Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana e de uma nova maneira de falar - ou "falinventar" - português. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX, por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué.
Em 2013 foi homenageado com o Prémio Camões e com o prémio internacional de literatura Neustadt, atribuído de dois em dois anos pela Universidade de Oklahoma, equivalente ao prémio Nobel da literatura norte-americana.

“Para que as luzes do outro sejam percebidas por mim devo por bem apagar as minhas, no sentido de me tornar disponível para o outro.”

“O importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a casa mora”

“A velhice me ensinou: o amor é coisa de vivo. Ou talvez o amor seja a mãe de toda a coisa viva.” 

“ O homem sábio é o que sabe que há coisas que nunca vai saber. Coisas maiores que o pensamento.”

Recentemente o escritor deu uma entrevista que pode ser visionada em:



Fontes: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mia_Couto ; Jornal Público: http://www.publico.pt/cultura/noticia/mia-couto-distinguido-com-premio-internacional-de-literatura-neustadt-1611149https://pt-pt.facebook.com/pages/Mia-Couto/298257536887970; Acedidos em 8 de Janeiro de 2014; livro do autor: Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra.

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