Poemas da emergência 1 - António Carlos Cortez

António Carlos Cortez desafiou com esta letra os escritores  a escrever, e a colocar no facebook, poemas e letras de fados que refletem o momento que estamos a viver.
Alguns dos textos desta desgarrada poética que estamos a partilhar no nosso blogue podem carecer de revisão, mas merecem leitura desde já.
Boas leituras com estes fados do tempo de hoje.


LETRA PARA UMA CANÇÃO
SOBRE LISBOA

Percorri as ruas onde estão
num silêncio claro às janelas
rostos de incêndio onde vão
músicas de fado e caravelas.
 Depois pela noite sem ninguém
prometi voltar a esse retrato:
Desde Alvalade a Belém,
Desde sete rios ao Beato...
E numa colina que teu rosto iluminou
Uma guitarra fez a despedida...
Se no Bairro Alto me ficou
mais do que mil noites outra vida:
vou voltar-te a olhar
se o rio Tejo passar
onde eu não sei bem
(no teu beijo eu sei)
Fomos visitar a lua nova
num beco d`alfama afamado
Recordando um vinho cuja prova
era um oceano procurado;
e depois dançamos no castelo
numa madrugada de legenda...
Cigarros e sonhos e um novelo
desenrolado a dois - anos 90 -
Mas eu não supus
que a cidade ia ficar
uma nau sem luz
um corpo a naufragar...
Quero ir mais tarde a outra rua
Talvez de Benfica ou de carnide,
revisitar uma azinhaga que flutua
nessa fantasia cuja luz incide
sobre um tempo maior
quando demos de cor
todo o fogo do amor
à cidade em redor...
E por isso eu sei
que Lisboa em mim
é o fogo é a lei
dum amor sem fim.
António Carlos Cortez

Ouvir-te Ler

Castanheiro de Vales

No ano consagrado à saúde das plantas, nada melhor que festejar o milenário (e saudável) castanheiro de Vales, candidato a árvore europeia do ano.

A votação decorre até ao dia 29 de fevereiro e o nosso castanheiro está acompanhado por outras árvores fantásticas. Para votar deve aceder a https://www.treeoftheyear.org/vote.

Avessas nas bancas

Já saiu o Às Avessas do primeiro semestre. O jornal da Secundária é pensado e redigido por alunos da escola com o apoio da biblioteca, que, aqui, procura contribuir para uma maior literacia dos media dos nossos alunos. O tema central escolhido pelos alunos permite refletir assuntos como o bullying, o suicídio, a depressão e a ansiedade. Como é dito no editorial «é importante a discussão destes temas hoje em dia, visto que cada vez estão mais presentes na população jovem e, muitas vezes, apesar de haver tentativas de resposta nem sempre se consegue chegar à maioria das pessoas.» O jornal conta com diversas ilustrações realizadas pelos alunos de Artes da nossa escola  a partir do Grito de Edvard Munch. À venda na biblioteca, o Às Avessas pode ser lido também aqui. 

Gente que lê

Hoje, realizou-se na Biblioteca Municipal Dom Dinis a fase concelhia do Concurso Nacional de Leitura no ambiente que a primeira fotografia documenta. 
A Secundária tem participado todos os anos neste concurso de leitura, numa colaboração ativa entre a biblioteca e o departamento de Português.
Nem sempre temos um bom número de participantes na fase de escola, mas os que aparecem a concurso são bons e os resultados na fase concelhia (como a que ocorreu hoje, dia 4) têm permitido o acesso à fase intermunicipal de alguns dos nossos alunos. Hoje, mais uma vez, apresentaram-se a concurso quatro bons leitores: o João Pedro Patrício e a Maria Inês Tavares, do 9.º ano, a Joana Cruz e a Bruna Pinto, do 12.º ano. No caso da Bruna e da Maria Inês já é a segunda vez que participam nesta fase.
A Maria Inês também repete a sua classificação para a fase intermunicipal, desta vez acompanhada pelo João Pedro (como representantes do 3.º ciclo) e pela Joana (representante do secundário).
Estamos contentes. Porque temos gente que lê, que gosta de ler, e que lê bem.
A leitura continua!

Concurso Nacional de Leitura - escola

Depois da prova realizada no passado dia 7, já temos os representantes da nossa escola à prova municipal que se realiza no dia 4 de fevereiro na biblioteca Dom Dinis em Odivelas: os representantes do 3.ºciclo são Maria Inês Tavares, do 9.ºB, e João Pedro Patrício, do 9.ºF; do secundário, as nossas representantes são Joana Rita Cruz, do 12.º CT3 e Bruna Pinto, do 12.º CT2.

Boas leituras e boa sorte.

A saúde das plantas

2020: o ano da saúde das pantas

Decidida pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o ano de 2020 será dedicado à fitossanidade, a saúde das plantas, e à sua importância «para aumentar a segurança alimentar, proteger o ambiente e a biodiversidade e impulsionar o desenvolvimento económico» .

Mais informação aqui

Boas Festas

 NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,

numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio,

no prédio que amanhã for demolido...

Entremos, inseguros, mas entremos.

Entremos, e depressa, em qualquer sítio,

porque esta noite chama-se Dezembro,

porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,

duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa,

a cave, a gruta, o sulco de uma nave...

Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,

talvez seja Natal e não Dezembro,

talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira, 1962, o terceiro poema de Cancioneiro de Natal

 

Maratona de Cartas por justiça

Magai Matiop Ngong, Sudão do Sul, condenado à morte aos 15 anos, 

 Sarah Mardini, de 24 anos, e Seán Binder, de 25, socorristas acusados na Grécia, 

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José Adrián, México, atacado aos 14 anos pela polícia local,  

Yasaman Aryani, de 24 anos, e a sua mãe, Monireh Arabshani, Irão, condenadas a 16 anos de prisão por defenderem direitos das mulheres, 

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Marinel Sumook Ubaldo, de 22 anos, Filipinas, ativista ambiental,

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são os exemplos de jovens que se dedicam a causas e/ou que foram vítimas de atentados aos direitos humanos, merecendo a nossa atenção solidária. 

Desde o passado dia 10, dia internacional dos direitos humanos, que estamos nesta causa por justiça, alinhando com a Amnistia Internacional na sua iniciativa Maratona das Cartas  e convidamos a comunidade escolar a assinar cartas, desta vez online, para que se faça justiça.

Aceda ao site https://www.amnistia.pt/maratona/, assine as cartas e indique o código da Secundária: PWR7

O que é a Maratona de Cartas?

PAT R na escola

  

Vamos receber no próximo dia 11, às 11h50, à semelhança do ano passado, a autora PAT R, que nos vai apresentar o seu livro Os homens nunca saberão nada disto. Sobre a sessão do ano passado recuperamos um texto escrito pela aluna Filipa Ramos, então no 11.º AV1:

PAT R , Os homens nunca saberão nada disto

A sua notória e original escrita deixou-nos surpresos devido à enorme criatividade que incutiu neste projeto.

O livro é acompanhado por um suporte cheio de ilustrações e por um CD criados para proporcionar ao leitor experiências sensoriais na sua leitura. Esta vivência de sensações também advém da importância que a música tem na vida da escritora, sugerindo-nos viver musicalmente a obra. Isto é facilitado pelas sugestões musicais que são referenciadas no decorrer da obra. Para que tudo isto fosse concebido contactou ilustradores portugueses e estrangeiros e ainda dois músicos.

Podemos encontrar o livro de PAT R em algumas livrarias em Lisboa ou no seu site: https://www.thepatr.com

A autora traz livros para venda e a biblioteca tem um exemplar que pode ser requisitado.