Estamos no Concurso Faça lá um Poema, do Plano Nacional de Leitura.
Um bom momento para dar poemas a ler.
Até fevereiro, apresentaremos um poema por semana, que será distribuído a quem passa pela biblioteca. Perceber, pelo exemplo, que escrever poesia não é tarefa fácil. O que tornará mais interessante o desafio, ou não?
Esta semana:
Um verso
Um verso. Nada mais que um verso cintilante
Contra o equilíbrio cósmico e a expansão do universo
Na cauda do cometa mais errante
No coração do espaço e seu avesso
Uma sílaba cantante
Um verso.
Para além dos buracos negros e das linhas interestelares
Um som no espaço
Um eco pelos ares
Um timbre um risco um traço.
Um som de um som: alquimia
De signos e sinais
Não mais do que outra forma de energia
Imagens espectrais
De um sol inverso
Um ponto luminoso de fractais
Um verso.
Alegre, Manuel – Senhora das Tempestades. Lisboa: Publicações Dom Quixote,1998, p.75
(cota na BESC: 821.134.3-1 ALE SEN)
Entrega
o teu poema, identificado, na
Biblioteca, até ao dia 17 de fevereiro.
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