Aprendizagem da poesia
Durou muitos anos, aquele verão.
Crescíamos sem pressa com o trigo
e as abelhas. Com o sol
corríamos para a água, à noite
num verso de Shakespeare ou
na nossa boca uma estrela dançava.
Aprendíamos a amar, aprendíamos
a morrer. A todos os sentidos
pedíamos para escutar o rumor,
não do mundo, que ninguém abarca,
apenas da brancura duma folha
e outra folha ainda de papel.
Andrade, Eugénio – Poesia. Fundação Eugénio de Andrade,2005, p.558
(cota na BESC: 821.134.3-1 AND POE)
E, assim, concluímos esta série de poemas que falam de poemas e de poesia. Esperamos que eles possam ser motivadores para a participação no Concurso Faça lá um Poema.
Entrega o teu poema, identificado, na biblioteca, até ao dia 17 de fevereiro, já na próxima sexta-feira.
Consulta o Regulamento.
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