2017-02-07

Vicente nos Jerónimos - uma visão crítica 2

O teatro passou pelos alunos do 9.º ano.
Do espetáculo, dão-nos eles conta aqui.
Concluímos nesta  mensagem um conjunto de opiniões de alunos que mostram atenção, generosidade e capacidade crítica:

4.



A peça Auto da Barca do Inferno, da autoria de Gil Vicente, foi sem dúvida a melhor peça de teatro que vi até hoje. A representação decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém. Deixo aqui uma saudação à companhia Ar de Filmes, que deu vida a uma obra excelente da melhor forma que poderia.

Esta encenação do auto de moralidade cativou-me até ao mais ínfimo detalhe, desde a encarnação dos ideais e personalidade das personagens ao uso do latim e a modernização dos cómicos de situação e de linguagem, de que são exemplo a piada sobre a Maria Leal, o dab e o rap de Joane ao lançar injúrias ao Diabo.

Sendo o claustro quadrado, o posicionamento da encenação não foi o melhor, pois o sol batia-nos nos olhos e não nos deixava apreciar o espetáculo quanto gostaríamos. Para compensar tal circunstância, a peça desencadeou encantadoras gargalhadas, especialmente na interação dos atores com o público, que foi muito bem conseguida.

É de concluir que qualquer pessoa, quer tenha lido a peça, quer não, passará momentos magníficos ao assistir a este espetáculo cativante e ousado que nos puxa para o auto em si.
                                                                                                                                 Inês Guedes, 9.ºB

5.
  

O “Auto da Barca do Inferno”, encenado pela companhia Ar de Filmes, no Mosteiro dos Jerónimos, surpreende pela fantástica simplicidade no geral, mas preservando a essência do original de Gil Vicente. Acreditamos que a representação maravilhou o público de forma singular.
A interação com os espectadores é, a nosso ver, é um trunfo. É inolvidável a forma como “engolíamos” o cenário singelo, que facilitava a comunicação personagem-público. Também é única a comédia à volta de referências atuais e populares, reforçando, do nosso ponto de vista, a hilaridade da peça.
            É curioso o contraste entre a simplicidade do cenário (meros escadotes) e da encenação em geral e a complexidade do espaço da representação, Mosteiro dos Jerónimos, e da história por detrás dele. Este local e o elaborado guarda-roupa levam-nos até ao tempo de Gil Vicente.
            Concluindo, agradou-nos esta ida ao Mosteiro para assistir a este espetáculo. Grandes atores, ótimas piadas e uma bela interação com o público. Para nós, uma visita inesquecível.

Daniel Silva e João Simões

6.

Crítica ao teatro
          A nosso ver a peça «Auto da Barca do Inferno», encenada no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, pela companhia “Ar de Filmes” é magnífica.
          O espetáculo a que assistimos foi bastante bem conseguido, pois foi capaz de captar a atenção do público através da interação com o mesmo, o que o tornou ainda mais cativante e hilariante.
      Há que salientar também que, mesmo com um cenário simples, com adereços e guarda-roupa modestos e poucos atores (embora muito versáteis) esta encenação é realmente diferente e especial.
   Destaca-se igualmente o inteligente uso de elementos singelos, como é o caso dos escadotes, que tinham a dupla função de fazerem de barcas e de facilitarem a visualização aos espetadores.
     Assim, este espetáculo é um enorme sucesso em vários aspetos, visto que nos impressionou imenso com a fenomenal combinação entre simplicidade e singularidade. Gostaríamos ainda de realçar que mesmo sendo adaptado para espetadores jovens, o teatro não fugiu muito ao seu original, o que nos agradou.

Ana Lília Teixeira e Sofia Figueiredo, 9.º D
  
7.

        A visualização da peça "Auto da Barca do Inferno", encenada pela companhia teatral Ar de Filmes, foi bastante enriquecedora.

         Há que destacar a representação dos atores, não só pela sua versatilidade mas também pela sua sensacional interação com o público. Foi notável a facilidade com que eles introduziram assuntos e personagens que desencadearam o cómico. O guarda-roupa estava magistral, era adequado à época que estava a ser representada e caracterizava bem cada personagem. O facto de a peça ter como palco o claustro do Mosteiro dos Jerónimos engrandeceu-a.

         Para concluir, recomendamos a visualização da peça a todos os alunos do 9º ano para consolidação os conteúdos dados em sala de aula e também para enriquecimento pessoal.

                                                                                            Tatiana Almeida e Miguel Pereira, 9.º F



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