2017-02-07

Vicente nos Jerónimos: uma visão crítica

O teatro passou pelos alunos do 9.º ano.
Do espetáculo, dão-nos eles conta aqui.
Apresentamos nesta e na próxima mensagem um conjunto de opiniões de alunos que mostram atenção, generosidade e capacidade crítica:

1.

«Auto da Barca do Inferno» em Belém
No dia 20 de janeiro tivemos a oportunidade de assistir a uma sensacional representação da peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, encenada pela companhia “Ar de Filmes”, no Mosteiro dos Jerónimos.
É de salientar que a nossa opinião acerca deste espetáculo é positiva, começando pelo facto da simplicidade do cenário ter conseguido captar a atenção do público. Também não podemos esquecer-nos de realçar a originalidade do guarda-roupa e dos adereços que nos conduziram ao século XVI.
Os atores destacaram-se pela sua versatilidade, tendo conseguido maravilhar o público com a sua interação. Consideramos que os momentos musicais superaram as nossas expectativas, foram mágicos.
Em suma, trata-se de um espetáculo muito bem conseguido num espaço lindíssimo. “À barca, à barca.”

Bárbara Fernandes e Cristiana Marques, 9.º D


 2.


«Auto da Barca do Inferno» nos Jerónimos
            Assistir ao espetáculo “Auto da Barca do Inferno” encenado pela companhia Ar de Filmes, no Mosteiro dos Jerónimos, foi uma experiência única e inesquecível.
            Consideramos que o cenário é não só simples como também original devido ao facto de a representação ser feita no claustro deste importante local histórico.
            É de salientar a versatilidade e o talento dos atores, já que conseguiram decorar as falas de vários papéis e incluir tendências da atualidade nas suas deixas, sem deixarem de ser fiéis ao auto como, por exemplo, a imitação da célebre cantora Maria Leal.
O guarda-roupa é bastante adequado e os adereços simples e cómicos, como é o caso do símbolo cénico do Judeu, o bode, que foi representado por um peluche.
A música que os próprios atores produzem é inusitada e estupenda, tal como a sua interação com o público, com destaque para a cena do Frade, em que este dá a lição de esgrima a um elemento do público, provocando assim o cómico de situação.
            Finalizando, esta peça de teatro despertou o interesse dos alunos por ser tão envolvente e inigualável.
Catarina Ciprião e Sara Gomes, 9ºD

3.

Texto de apreciação crítica

A representação teatral da obra Auto da Barca do Inferno a encenada pela companhia de teatro “Ar de Filmes”, no Mosteiro dos Jerónimos, teve em nós um impacto positivo.
A interação com o público fez com que os espetadores se sentissem parte da peça e mostrassem claramente o seu agrado. É de salientar a originalidade manifestada nas referências a situações cómicas atuais, nomeadamente à cantora Maria Leal. Também a versatilidade dos atores, ao mudarem de personagem de forma rápida, foi notável. O guarda-roupa era simples, mas adequado àquela representação.
Apesar de termos apreciado bastante o espetáculo, houve alguns aspetos menos positivos. Por exemplo, a simplicidade do cenário (uso de escadotes como barcas) foi excessiva e não combinou com um espaço tão grandioso como o do Mosteiro dos Jerónimos. Além disso, os adereços ou símbolos cénicos, não foram cativantes, como, por exemplo, o bode que o Judeu carregava.
Mesmo assim, estamos convictas de que esta encenação do auto foi inolvidável, pois foi criativa e cómica.

Filipa Ramos e Maria Beatriz Valente, 9.º D




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