Conquista de
uma vida melhor e/ou luta pelo bem comum?
A conquista de
uma vida melhor e a luta pelo bem comum parecem, logo à partida, conceitos
bastante difíceis de conciliar, pois para satisfazer qualquer um deles, em
regra, o outro terá que ficar em segundo plano.
Pessoalmente, considero
que podem existir duas vertentes. Com efeito, existe aquele tipo de pessoas que
definem como objetivo de vida serem altruístas e, neste caso, é possível
conciliar os dois conceitos. Veja-se o exemplo de pessoas que conseguiram
ultrapassar o cancro e se dedicam a motivar e a ajudar outras pessoas que estão
ainda a tentar combater a doença, ou até mesmo ex-reclusos que se arrependem e
decidem redimir-se ajudando outras pessoas em dificuldade, e que poderão ter a
mesma motivação que os levou a cometer os crimes pelos quais foram presos.
Numa outra
vertente, temos as pessoas que definem objetivos específicos na vida e que, por
vezes, para os atingirem ignoram o bem comum. Temos o exemplo das carreiras
universitárias onde existe uma feroz competição para o lugar de melhor do
curso, acabando por todos darem o seu melhor e usufruir de todos os recursos ao
seu alcance, sem pensar se isto prejudicará ou não os outros. Como é evidente,
não podemos criticar estas pessoas, uma vez que todos nós, num determinado
momento da nossa vida, fomos egoístas e colocámos o nosso bem-estar em frente
do de outrem. Isto acontece porque o ser humano é egoísta no seu âmago, uns
mais do que outros, claro, mas este egoísmo funciona como mecanismo instintivo
e de sobrevivência que se mantém na constituição da mente do ser humano desde o
aparecimento do primeiro “Homem”.
Portanto, é possível
conciliar os dois conceitos desde que as pessoas queiram e se sintam realizadas
ao fazê-lo. Caso contrário, também não há mal nenhum em não o fazer, pois
trata-se de um comportamento completamente normal e toda gente o faz ou fez,
mesmo que o negue.
José
Nogueira – 12.ºCT1
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