2020-03-20

Poemas da emergência 3 - José Carlos Barros

A um desafio de António Carlos Cortez vários escritores têm estado a escrever, e a colocar no facebook, poemas e letras de fados que refletem o momento que estamos a viver. Alguns dos textos desta desgarrada poética que estamos a partilhar no nosso blogue podem carecer de revisão, mas merecem leitura desde já.
Boas leituras com estes fados do tempo de hoje.

AI A PALAVRA SAUDADE

Ai que saudades, lisboa
eu que de longe te vejo
no meio da tempestade:
joaninha voa voa
vai pelas águas do tejo
leva esta carta a lisboa
(ai a palavra saudade...)
Ai que saudades, lisboa
ai o som do realejo
das ruas da madragoa:
joaninha voa voa
vai pelas águas do tejo
leva esta carta a lisboa
(lisboa, quando te vejo?)
Ai que saudades, lisboa
dessa luz, da maresia,
do alto da serafina,
dos sete céus, de alvalade:
joaninha voa voa
leva esta carta a lisboa
(ai a palavra saudade...)

José Carlos Barros
.

Sem comentários:

Enviar um comentário