2017-01-16

2017 ano internacional do turismo sustentável






Já atualizámos, aqui ao lado, a proposta que a ONU definiu como tema privilegiado para refletir este ano.
A resolução da Assembleia das Nações Unidas reconhece “a importância do turismo internacional e, em particular, a designação de um ano internacional de turismo sustentável para o desenvolvimento, para promover uma melhor compreensão entre os povos em todo o mundo, levando a uma maior consciencialização sobre o rico património das diversas civilizações”.
A data também procura promover uma “melhor apreciação dos valores inerentes às diferentes culturas, contribuindo assim para o fortalecimento da paz no mundo”.
A decisão de adotar 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento ocorreu num momento particularmente importante, quando a comunidade internacional adotou a nova Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados pela Assembleia Geral da ONU em setembro de 2015. O turismo aparece como meta em três dos novos objetivos globais da ONU: no 8, 12 e 14.
Fontes.
- imagem:

- texto:
 

2017-01-15

Faça lá um poema: Alexandre O'Neill

No seguimento da promoção do Concurso Faça lá um Poema, do Plano Nacional de Leitura, até fevereiro, apresentaremos um poema por semana, que será distribuído a quem passa pela biblioteca.
Esta semana:

                    Cão

Cão passageiro, cão estrito,
cão rasteiro cor de luva amarela,
apara-lápis, fraldiqueiro,
cão liquefeito, cão estafado,
cão de gravata pendente,
cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
cão ululante, cão coruscante,
cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão além, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal da poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moído de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção, cão pré-fabricado,
cão-espelho, cão-cinzeiro, cão-botija,
cão de olhos que afligem,
cão-problema…

Sai depressa, ó cão, deste poema!

O’Neill, Alexandre – Poesias completas. Lisboa: Assírio & Alvim, 2000, p.157
(cota na BESC: 821.134.3-1 O’NE POE) 


 Entrega o teu poema, identificado, na Biblioteca, até ao dia 17 de fevereiro.

2017-01-08

Faça lá um poema: Manuel Alegre






Estamos no Concurso Faça lá um Poema, do Plano Nacional de Leitura.
Um bom momento para dar poemas a ler. 
Até fevereiro, apresentaremos um poema por semana, que será distribuído a quem passa pela biblioteca. Perceber, pelo exemplo, que escrever poesia não é tarefa fácil. O que tornará mais interessante o desafio, ou não?
Esta semana:

Um verso
Um verso. Nada mais que um verso cintilante
Contra o equilíbrio cósmico e a expansão do universo
Na cauda do cometa mais errante
No coração do espaço e seu avesso
Uma sílaba cantante
Um verso.

Para além dos buracos negros e das linhas interestelares
Um som no espaço
Um eco pelos ares
Um timbre um risco um traço.

Um som de um som: alquimia
De signos e sinais
Não mais do que outra forma de energia
Imagens espectrais
De um sol inverso
Um ponto luminoso de fractais
Um verso.

Alegre, Manuel – Senhora das Tempestades. Lisboa: Publicações Dom Quixote,1998, p.75
(cota na BESC: 821.134.3-1 ALE SEN)

 Entrega o teu poema, identificado, na Biblioteca, até ao dia 17 de fevereiro.

2016-12-14

o inverno na biblioteca




exposição romantismo

Como apoio às aulas de Português do 11.º ano, apresentamos uma exposição com obras do nosso fundo documental do e sobre o Romantismo. Música e pintura romântica serviram como suporte a este convite aos nossos alunos em conhecer este movimento artístico.





2016-12-09

à maneira de Camões



Amar é passar noites em claro,
é recordar cada momento a teu lado,
é chamar por ti no escuro,
é expelir cada sussurro.
 
É ver em ti uma parte de mim,
é sonhar bem alto ao luar,
é querer-te só para mim,
é ter vontade de lutar.
 
É abdicar da própria felicidade,
é proteger e cuidar,
é acreditar e não desconfiar.
 
Mas como pode ser encontrada
tamanha alegria e fantasia
se no dia a dia nem sempre há amor?

Adriana S.
Raquel S.
(9.ºA)