2011-09-23

Manuel da Fonseca 100 anos


Manuel da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém no dia 15 de outubro de 1911 e morreu em 1993. Escritor do neo-realismo, muitas das suas obras podem ser lidas na biblioteca ou em casa, por empréstimo.
No âmbito das comemorações do centenário de Manuel da Fonseca realiza-se, de 7 a 9 de outubro, na Faculdade de Letras de Lisboa, no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira e em Santiago do Cacém, o Congresso Internacional "Por Todas as Estradas do Mundo" para o qual é possível efetuar uma inscrição aqui (hoje é o último dia).
Voltaremos a Manuel da Fonseca mais vezes durante este ano mas não queremos deixar de salientar a apresentação do escritor feita pela Escola Secundária de Manuel da Fonseca (de Santiago do Cacém), nomeadamente para os vídeos com uma entrevista dada nos anos 90.

2011-09-16

Começar


Começamos. 
Bem vindos à escola (e à sua biblioteca).
A imagem aqui ao lado é a de uma figura de convite, tipologia muito utilizada na produção de azulejos, nomeadamente no período joanino (referente ao reinado de João V,1707-1750).
Como este simpático cavalheiro, também nós, na Biblioteca, vos convidamos a frequentar este lugar, a estudar nas nossas mesas, a requisitar livros para ler em casa.
Passem por cá. ocupem o espaço.
 Foto da Escola do 1ª Ciclo nº 68, Rua Penha de França, Lisboa retirada daqui

2011-09-07

dizer poesia Alberto Caeiro



Quando vier a primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
1889-1915
Poesia
Alberto Caeiro; edição Fernando Cabral Martins, Richard Zenith
Assírio & Alvim

Iniciamos este ano letivo com o último dos 15 poemas propostos pela RTP2 no programa Um poema por semana que apresentámos aqui. Se só agora contactam com o nosso blogue, oiçam os outros poemas e vejam se este nosso/vosso blogue vos agrada. Deem-nos ideias e sugestões. Alberto Caeiro («o meu mestre Caeiro» como escreveu Álvaro de Campos, num texto onde afirma que nunca o viu triste) é um dos heterónimos de Fernando Pessoa.
Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 1889 e morreu em 1915, mas viveu quase toda a sua vida no campo, com uma tia-avó idosa, porque tinha ficado órfão de pais cedo. Era louro, de olhos azuis. Como educação, apenas tinha tirado a instrução primária e não tinha profissão.Como surgiu este heterónimo? Conta o próprio Fernando Pessoa que “se lembrou um dia de fazer uma partida a Sá-Carneiro — de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lho, já me não lembro como, em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira — foi em 8 de Março de 1914 — acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata que tive.”
Quando Fernando Pessoa escreve em nome de Caeiro, diz que o faz “por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular que iria escrever.”


Fonte: Carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, de 13 de Janeiro de 1935, in Correspondência 1923-1935, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.

Para mais informações consultar o site da Casa Fernando Pessoa.


2011-07-25

contigo, Noruega





mataram na Noruega.

mataram jovens na Noruega.

perante o horror choramos os que são os nossos mortos.

contra o terror que nos quer destruir o mundo livre, gritamos com Munch.

e gritamos com Ibsen


a liberdade é a mais nobre e a principal condição da vida

2011-07-19

ler poesia mário cesariny



Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura

Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio

Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante!

Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício

Não é verdade, rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola

Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora - ah, lá fora! - rir de tudo

No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra


Mário Cesariny
1923-2006

Nobilíssima Visão
Mário Cesariny
Assírio & Alvim

Nome maior do surrealismo português, Cesariny é poeta e pintor que merece ser conhecido. Na Biblioteca podem ser consultados alguns dos seus livros e antologias que o transcrevem. Mas para quem tem pressa de o conhecer vá já a este blogue ou passe pelas tormentas ou então explore a página da Wikipédia ou veja as obras pertencentes ao Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian (CAMJAP) . Já o demos a ouvir e a ele voltaremos.

2011-07-14

dizer poesia: Jorge de Sena



Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla... em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indeflectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha.
Jorge de Sena
1919-1978

Antologia Poética
Jorge de Sena; edição de Jorge Fazenda Lourenço
Guimarães Editores

Jorge de Sena nasceu em Lisboa e morreu em Santa Bárbara, Califórnia, onde era professor. Uma biografia pode ser lida na Wikipédia. No blogue As Tormentas também podem ser lidos poemas e biografia. Livros fundamentais deste autor, nomeadamente Sinais de Fogo, podem ser requisitados na Biblioteca.

2011-07-06

dizer poesia: José Régio



Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança...
E venha a morte quando Deus quiser.

Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.

Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.

Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.



José Régio
1901-1969

Poesia II
José Régio
Imprensa Nacional-Casa da Moeda

Sendo um dos mais importantes escritores portugueses do século XX, a obra de José Régio (poesia, teatro, ficção, ensaio) pode ser consultada na biblioteca. Alguns dos seus contos são muito requisitados para os contratos de leitura estabelecidos na disciplina de Português. Uma boa informação biográfica sobre o poeta pode se vista aqui. Outros sites, como este, estão disponíveis na net.

2011-06-21

a biblioteca nos exames

Foi assim: na primeira chamada do exame de Língua Portuguesa do 9.º ano, a leitura aparece logo no I Grupo, com um exercício que se aproxima muito da atividade que costumamos desenvolver com os alunos do 7.ºano e que passa por os alunos descobrirem as primeiras frases de um livro:

Grandes primeiras frases
Conseguir prender o leitor desde a linha inicial de um livro é uma arte difícil. Eis oito
exemplos de mestria.
Mas o melhor está no fim, na pergunta de desenvolvimento do GRUPO III:

Para muitas pessoas, a leitura é fonte de prazer, de conhecimento, de novas experiências. Para outras, porém, não tem tanto valor.
Partindo da tua experiência, escreve um texto que pudesse ser divulgado no jornal de uma biblioteca escolar, no qual expresses uma opinião favorável à leitura, tentando convencer outros jovens a ler cada vez mais.


Como gostaríamos de conhecer alguns dos textos que se produziram e de divulgá-los à população escolar!
E como sentimos que todos os alunos do 9.º ano da nossa escola que tiveram uma intervenção efetiva na biblioteca durante este ano (aqui ou aqui por exemplo) ficaram particularmente bem preparados para responder a esta questão!
É de referir, também, nas actividades com a biblioteca, a participação dos alunos do 8.º ano no Concurso Nacional de Leitura e na   leitura, orientada na sala de aula, da obra A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho de Mário de Carvalho, culminando na vinda do escritor à escola. Podemos (re)ver aqui 
 
Este exame do 9.ºano mostra-se, assim, como um reforço do convite para uma cada vez maior participação dos professores e dos alunos na sua biblioteca. Podemos continuar a acordar nessa.

2011-06-19

Neste primeiro aniversário sobre a morte de José Saramago, a nossa homenagem ao

grande escritor universal


2011-06-17

dizer poesia: David Mourão-Ferreira



E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos 

David Mourão-Ferreira
1927-1996
Obra Poética 1948-1988

David Mourão-Ferreira
Editorial Presença 

 

David Mourão-Ferreira foi um importante escritor do século XX. Mais conhecido pela sua poesia (alguns dos seus poemas foram cantados por Amália Rodrigues), David Mourão-Ferreira também escreveu obras em prosa, tendo sido também professor e ensaísta. Alguns dos seus livros podem ser consultados e requisitados na Biblioteca. Mais poemas para ler já por exemplo aqui ou aqui

2011-06-10

dizer poesia Sá de Miranda



O sol é grande, caem co'a calma as aves,
do tempo em tal sazão, que sói ser fria;
esta água que d'alto cai acordar-m'-ia
do sono não, mas de cuidados graves.

Ó cousas, todas vãs, todas mudaves,
qual é tal coração qu'em vós confia?
Passam os tempos vai dia trás dia,
incertos muito mais que ao vento as naves.

Eu vira já aqui sombras, vira flores,
vi tantas águas, vi tanta verdura,
as aves todas cantavam d'amores.

Tudo é seco e mudo; e, de mestura,
também mudando-m'eu fiz doutras cores:
e tudo o mais renova, isto é sem cura!


Sá de Miranda
1481-1558

Obras Completas - volume I
Francisco de Sá de Miranda; texto fixado, notas e prefácio de Rodrigues Lapa
Livraria Sá da Costa Editora

Nascido em Coimbra, Sá de Miranda é um dos importantes poetas quinhentistas, sendo considerado o responsável por, depois de uma viagem a Itália, ter, no retorno dessa viagem em 1526, trazido para Portugal «o soneto, a canção, a sextina, as composições em tercetos e em oitavas e os versos de dez sílabas», afirmando, assim, um gosto mais classicista que se começa a evidenciar na corte portuguesa. Contemporâneo de Gil Vicente, Sá de Miranda também tem obra teatral, nomeadamente as comédias Vilhalpandos e Estrangeiros.
Uma importante informação sobre todos os autores de teatro do século XVI, nomeadamente, os textos de teatro, pode ser lida na base de dados do teatro quinhentista do Centro de Estudos de Teatro.

2011-06-05

dizer poesia Cesário Verde


Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
Batem os carros d'aluguer, ao fundo,
Levando à via férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.
Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.
E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!
E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.
Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!
Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.
Vem sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.
Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera focos de infecção!
 
Cesário Verde
1855-1886

O Livro de Cesário Verde
posfácio e fixação do texto: António Barahona
Assírio & Alvim

Estudado principalmente pelos alunos de Português do 11.º ano, Cesário Verde é o nosso grande poeta do final do século XIX. Quem o lê com atenção apercebe-se da beleza daquelas palavras e da mensagem que elas transportam. Cesário, que viveu no Lugar d'Além por algum tempo e que se refere a Caneças numa carta, naquele que é um depoimento muito interessante sobre a Caneças do século XIX merece ser descoberto. Na biblioteca encontra-se a sua obra completa. Na net pode ser encontrado aqui entre muitos outros locais. Ler mais poemas aqui.

2011-06-02

Otelo em Caneças



Por iniciativa do grupo de História, o coronel Otelo Saraiva de Carvalho esteve na nossa escola, tendo dado o seu testemunho sobre o 25 de Abril a alunos do 9.º e 12.º anos na biblioteca.
À fluidez e clareza de Otelo responderam a atenção e interesse dos nossos alunos. E, claro, a gratidão da biblioteca por poder receber no seu espaço aquele que comandou o processo que nos trouxe a liberdade. 

acordo ortográfico

A biblioteca com o grupo de Português e o arranjo gráfico do professor Antero Valério já preparou os materiais para a divulgação do acordo ortográfico. As regras e atividades podem ser vistas no site da escola. A seguir mostramos os nossos cartazes síntese enriquecidos pelos famosos bonecos do Antero.

2011-05-30

A VER COM MUITA ATENÇÂO



Nestes últimos tempos, têm sido tantos os alunos que enchem as mesas e os sofás ( com os seus portáteis no colo) que têm faltado lugares na biblioteca. Empenhadamente, os alunos, preparam a entrega dos seus trabalhos de Área de Projecto - 12.ºAno. Já começaram as apresentações mas no dia 1 vai ser o grande dia. E nós não vamos ter "olhos que cheguem" para ver tantos bons trabalhos e apresentações.

1 DE JUNHO - APRESENTAÇÔES
LOCAL
HORA
GRUPO -TURMA

Sala de Educação Física


10.05

11.50

13.35

15.20

17.10
Som – 12º B

Design e Publicidade – 12º G

Moda, Passerelle e Fotografia de Moda – 12º G

Design de Equipamento – 12º G

Parkour e Arte – 12º G



Auditório


10.05

11.50

13.35

15.20

17.10
Saúde – 12º C

Terramoto/Lisboa Cultural – 12º B

Depressão - 12º C

Mitos Alimentares – 12º C

Stress – 12º A

Sala F15



10.05

11.50

13.35

15.20
Atitudes Face à Escola – 12º E

Educação Sexual – 12º F (sala B6)

Bullying – 12º A

Tabaco – 12º A

Sala F20




10.05

11.50

13.35

15.20

17.10
Telemóveis (apresentação) – 12º A

Água – 12º A

Turismo/Cultura Portuguesa – 12º B

Saúde – 12º B

Horta e Tecnologia – 12º C


1 DE JUNHO (EXPOSIÇÔES)
LOCAL
HORA
GRUPO/TURMA

G3, no Gimnodesportivo


10.05

Todo o dia
Telemóveis (exposição) – 12º A

Doenças Raras - quotidiano das famílias(exposição) – 12º E

Segurança Social (exposição) – 12º D

Famílias Monoparentais (exposição) – 12º E

Droga Escola (exposição) – 12º F

A Comédia (exposição) – 12º F

Acesso ao Ensino Superior (exposição) – 12º E

dizer poesia Ruy Belo



O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro


Ruy Belo
1933-1978

Todos os Poemas
Ruy Belo
Assírio & Alvim

Natural de Rio Maior, professor e poeta, tem uma obra singular na literatura portuguesa. Todos os poemas editado pela Assírio e Alvim reúne toda a sua obra poética. A biblioteca possui uma anterior edição da Editorial Presença. Alguns poemas podem ser lidos, por exemplo, neste interessante site de poesia.

2011-05-26

Dou-te Versos



 



Eles andaram a ler as palavras ditas pelos poetas. E vão brindar com poemas quem por aqui passar, no próximo dia 27.

2011-05-19

dizer poesia: Camões



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E, em mim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões
1524?-1580

Sonetos de Luís de Camões
escolhidos por Eugénio de Andrade
Assírio & Alvim

Camões é o grande poeta português. A sua obra é objecto de estudo em diversos anos e os alunos saberão bem os livros que precisam de consultar para um melhor conhecimento do autor. Muitos desses livros estão disponíveis na biblioteca. O artigo sobre Camões na Wikipédia merece ser considerado e remete para outros sites a consultar. A obra completa de Camões está disponível na Biblioteca Nacional Digital. Este poema foi musicado numa belíssima canção de José Mário Branco a ouvir aqui.

2011-05-18

Apresentação de trabalhos da disciplina de Área de Projecto - 12.º ano

Na Casa da Cultura de Casal de Cambra, pelas 10 horas , no âmbito das apresentações de trabalhos d Área de Projecto, um  grupo de alunos do 12.º D apresentou o seu estudo sobre as freguesias de Casal de Cambra e Caneças subordinado ao tema: Diz que é uma espécie de segurança social ponto: Contrastes Sociais. Na presença dos presidentes das Juntas de Freguesia e das técnicas responsáveis pelos serviços sociais de apoio ao emprego e ao rendimento social de inserção, os alunos definiram estes conceitos, falaram dos resultados dos estudos que efectuaram às duas populações, apresentaram o exemplo de sucesso de alguém que soube ultrapassar a situação de desemprego, deixaram sugestões e conselhos pertinentes e eficazes. Os autarcas e as técnicas presentes, que prestaram todo o apoio durante a realização do trabalho, salientaram a sua qualidade e o empenho dos alunos. 

Noutros dias, e horas, serão apresentados outros trabalhos. Entretanto pode dar-se uma espreitadela ao blogue da Área de Projecto, do 12.º ano, que se encontra disponível na lateral direita deste blogue, ou aqui

2011-05-16

escola em obras: memórias e projecto

Estamos em mudança:
os velhos pavilhões estão a ser abatidos. E quem por cá anda há muitos anos não pode deixar de sentir aquele fim. Alguns pavilhões têm mais marcas de vida que outros - é, por exemplo, o caso do pavilhão B, o das Artes, onde em algumas paredes ainda se faz ver a memória de turmas e de trabalhos, por exemplo o da turma de Artes de 94 a 97 que deixou os rostos dos seus membros na parede da sala de OFA. Isto perde-se: também nós já temos a nossa memória dos espaços. As fotografias que se seguem são do professor Luís Cardoso.







Depois, como estamos hoje. Os blocos climatizados vão ser a nossa realidade nos próximos dois anos (mais também não...). Esta é uma memória efémera - o campus (há quem lhe dê outros nomes) mostra-se em toda a sua extensão:



e, finalmente, a razão de tudo isto. Um projecto de arquitectura muito bom para uma nova escola e para um melhor ensino. O projecto do atelier ARX dos arquitectos Nuno Mateus e José Mateus pode ser visto aqui

2011-05-15

Assim Começa ...


A leitura está no centro da actividade escolar: a descodificação e compreensão dos textos é fundamental para o domínio do conhecimento. Sabemos, hoje, que um bom leitor tem mais possibilidades de ter mais e melhor sucesso educativo, melhor expressão oral e escrita, melhor adaptação, e mais rápida, aos novos avanços tecnológicos, de ser um cidadão mais activo, consciente e com maior probabilidade de, no futuro, transmitir às novas gerações o gosto pela leitura/informação/participação.
A biblioteca escolar, lugar privilegiado para desenvolvimento do gosto pela leitura porque nela moram os textos que se podem escolher de acordo com o que se deseja ler, reúne uma diversidade de tipologias de textos, adequados à faixa etária dos alunos, garantindo, uma ampla possibilidade de escolha e de interacção.
Para dar a conhecer o fundo documental, literatura juvenil, e promover a leitura a professora bibliotecária traz à sala de aula, dos alunos do 7.º B, a actividade Assim Começa …